Um dia eu estava dirigindo e parei numa cidadezinha para tomar um café para espantar o sono. Quando já ia saindo de novo, um senhorzinho de uns setenta e cinco anos, me abordou perguntando se podia lhe dar uma carona até a próxima cidade, prontamente falei que sim, abri a porta, ajudei-o a colocar o cinto e saímos. Foi até bom, eu estava mesmo com sono, ter uma companhia me ajudaria muito a despertar, e eu gosto de conversar com pessoas mais velhas, têm casos engraçados, pitorescos, têm lições de vida também, para mim é um prato cheio, depois eu junto tudo e faço meus textos. No máximo em trinta minutos chegamos à cidade, e ele pediu: “O senhor pode parar pra mim perto daquela padaria”. Os antigos são assim, mesmo sendo mais velhos gostam de chamar a gente de “senhor”. Eu parei, tirei o cinto para ele, ele perguntou: “Quanto devo?”. Respondi: “Deve nada”. E ele: “Nada mesmo?”. Confirmei: “Nada mesmo. Por que eu cobraria?”. Ele explicou: “É que todos os carros que passam aqui cobram pelo menos o valor da passagem. O senhor é o primeiro que não me cobra”. Eu falei: “Cobrar para quê? É tão perto, não houve desvio, ia ter que passar dentro da cidade de todo jeito”. Levantou a mão e falou: "Se o senhor não estiver com muita pressa, espere só uns cinco minutinhos. Vou pegar uma coisa para o senhor”. Pensei: Vai me dar alguma coisa, ganhar coisas é sempre bom. O que será?”. Rapidinho ele voltou com um embrulho redondo: “ Olha aqui, moço. O senhor foi muito legal comigo. Eu fabrico queijo... o senhor me deu a carona e eu lhe dou um queijo. É justo, não é? O senhor gosta de queijo?”. Peguei respondendo: “Perguntar se mineiro gosta de queijo é o mesmo que perguntar se gambá gosta de ovo”. Rimos juntos, ele agradeceu mais uma vez a carona e disse: “Quando quiser parar pra tomar um café, está à disposição”... e completou: “VÁ COM DEUS!”. Essa para mim é a melhor parte, ouvir um VÁ COM DEUS!
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Em Minas é assim: gentileza pra todo lado.
Em Minas é assim: gentileza pra todo lado.
Desculpe o pessoal de outros estados que estiverem lendo,
gente boa tem em todo lugar, mas com a cortesia e a receptividade do mineiro,
acho que não há igual. Sem contar a
variada e gostosa comida mineira, essa é imbatível.
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( imagem eusoumineirouaiso.com.br )
Oi Carlos
ResponderExcluirAdorei a sua crônica, também por ser mineira, Mas a maldade entrou em Minas também e carona neca.Queijo e batata se compra no mercado.
Hoje também fiz uma crônica, mas bem diferente da sua.
Estou adoentada e agora que recomecei a postar, mas vou ter que parar outra vez. A dor é forte.
Beijos no coração
Lua Singular
Eita que um quejim é não dimais sô!
ResponderExcluirBela postagem meu amigo.
Esses velhinhos são mesmo demais né!
Um abração!
Delícia de crônica, Carlos, e delícia de queijo, Hein? Fresquinho...
ResponderExcluirBelo sábado!
Beijos!
CARLOS,
ResponderExcluirse você não fosse cruzeirense eu diria é perfeito.(kkkkk)
Mas está desculpado aliás quem é?
Veja só, eu sou Vascão, segunda divisão, mais uma vez.(kk)
Excelente a postagem e fique com DEUS!
Abração carioca.
Carlos , gostei muito de seu texto . Mostrar e demonstrar gentileza é o caminho para se viver melhor . Parabéns ! Beijos e ótimo
ResponderExcluirfinal de semana .
Oi amigo, vim lhe desejar um excelente final de semana,abraços e fique com Deus!!!
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