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quinta-feira, 25 de junho de 2015

PUNHAL

( imagem  punhal-cigano - google )

Sinto algo incomodando
que cutuca, machuca de vez em quando.
Deve ser esse punhal na minha carne que transpassa até  a alma.
Eu, na minha aparente calma
finjo que näo é comigo,
que não corro perigo.
Mas meu sorriso frágil mostra o quanto dói
a dor que se instalou.
A ferrugem corrói
de tanto tempo que ficou.
E se às vezes solto uma estrondosa gargalhada
pode ser o urro de uma fera machucada.
Nem eu posso retirar
de täo forte que alguém cravou.
Mas isso não é de todo mal;
O punhal que faz morrer,
também ajuda a viver.
A dor que näo deixa dormir,
é a dor que faz crescer.

=
O que seria da vida se não fossem as inquietações?

5 comentários:

  1. Lindo poema amigo, os nossos anseios sempre nos traz belas inspirações...

    Beijos meu! Obrigada pelo carinho de sua visita!

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  2. Lindo poema, muito belo mesmo.

    Bom fim de semana, beijos

    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  3. Lindo e instigante poema,Carlos! Ótimo fds! abraços,chica

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  4. Passando pela net encontrei o seu blog, estive a folhear achei-o muito bom, feito com muito bom gosto.
    Tenho um blog que gostava que conhecesse. O Peregrino E Servo.
    PS. Se desejar fazer parte dos meus amigos virtuais faça-o de forma a que eu possa encontrar o seu blog para o seguir também.
    Que haja paz e saúde no seu lar.
    Com votos de saúde e de grandes vitórias.
    Sou António Batalha.

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  5. Que poema bonito e forte. Faz lembrar um dito popular bem antigo: "A dor ensina a parir", na verdade é uma metáfora. Depois de passar, sabiamente, por grandes dores ressurgimos para a vida com nosso grito de "fera ferida", que seja, mas também de ser renascido, mais forte e mais vivo. Cada dor é um parto de onde surge um novo ser. Às vezes em carne viva e sangrando, é verdade, mas conscientes de estarmos vivos. A vida... um constante morrer e renascer. beijo no coração

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