Certa vez a Fadinha comentou que não gostava do DIA DAS BRUXAS
que o mundo real celebra. “Acho que passa
uma energia negativa. Por que não criam O DIA DAS FADAS? Muito mais romântico”.
O Bruxinho disse: “Concordo! Mas deixe
os humanos viverem sua pseudo
felicidade, escolheram viver assim”. Passado um tempo, em 21 de novembro, véspera do aniversário da Fadinha, ela estava
ansiosa: “Que presente meu Bruxinho vai
me dar? Hummm... eu já tenho tudo. Cavalo alado já tenho, foi o primeiro
presente que ele me deu. Nunca vou esquecer nossa primeira cavalgada. Tenho colar
encantado... brincos mágicos... vestidos cintilantes tenho um monte...
flautas... harpa... perfumes especiais diversos... sem contar pares e mais
pares de sapatos de cristal. Puxa, o que mais ele pode me dar? Mas confio nele,
ele sempre me surpreende . Adoro ser surpreendida!”. Porém,
quando amanheceu, ela teve uma
pequena decepção, ele mal deu-lhe um beijo de despedida, partiu para uma
missão, sem fazer nenhuma referência
ao aniversário, e mulher não
perdoa essas falhas. O máximo que ele disse, foi: “Não me espere cedo, tenho muito a fazer”. Já sozinha, pensou: “Puxa... o Bruxinho sabe
que fico sensível no meu aniversário, que choro à toa, e foi frio comigo.
Esquecer logo meu aniversário?”.
Trancou-se no quarto o dia todo, chorou muito deitada, quando saiu não falou com ninguém. E o dia foi longo. No
meio da tarde, ela se indignou: “Quer
saber? Eu que não vou ficar aqui. Vou me arrumar, me embelezar toda, e vou
passear, visitar algumas amigas, e quem sabe até me divertir. Tô nem aí pra
esse Bruxinho esquecido”. E ela foi mesmo, colocou seu melhor vestido
cintilante, um lindo colar, brincos furta-cor, pediu a um dos
duendes serviçais para escovar o cavalo alado,
mas não encontrou nenhuma amiga, ninguém estava em casa, passeou em
outros reinos, mas todos estavam estranhamente vazios, e uma dorzinha insistia
no peito: “Cadê todo mundo? Logo hoje
que estou abandonada? E cadê meu Bruxinho? Ele não podia ter feito isso
comigo”. E chorou mais uma vez no caminho de volta. Já era noite, e de longe
pôde ver grande movimentação em torno do castelo. Aproximou-se devagar, veio
logo um duende: “Vem, Dona Fadinha. A
senhora está atrasada”. “Antes de mais
nada, pare de me chamar de senhora, está me chamando de velha? Atrasada pra quê? Que tanto de gente é esse?
Nunca vi tantas carruagens ”. Ele
respondeu: “Melhor a senhora ver com
seus próprios olhos”. Ela prosseguiu, desceu do cavalo, em passos lentos
atravessou a passarela de tijolos
amarelos, entre os carvalhos, os ipês, as acácias, cuidadosamente enfeitados,
saudada pelos bichos e por alguns convidados, até chegar à porta do castelo, e
chorou mais uma vez, mas agora, de felicidade. Seu amado estava lá, no fim da
grande sala, rodeado de gente, de braços abertos: “Venha logo, minha amada. Sem aniversariante,
não há festa”. Assim ela entendeu porque não encontrou ninguém nas casas, todos
estavam ali, o Bruxinho surpreendeu mais uma vez: “Você não existe”, ela disse emocionada.
“Existo sim. Nós existimos... ao nosso modo. O abstrato é muito mais real do
que o que chamam por aí de concreto. O concreto é destrutível, efêmero, enquanto o que criamos dentro da
gente, dura enquanto quisermos”. Ela o beijou:
“Então nosso amor será eterno... porque nós queremos assim”. Virou-se
para os convidados, disse algumas palavras de boas vindas e agradecimento, mas
o Bruxinho interrompeu: “A surpresa não
acabou”. Tirou do bolso um pergaminho, e
leu: “Eu, Bruxinho governante desse Reino Encantado, com autorização do Grande
Mestre e com os poderes e autonomia que me foram delegados por ele, declaro
oficialmente o dia 22 de novembro, como...
O DIA DAS FADAS” . Ao som de trombetas,
clarinetes, aplausos e muitos “ipi ipi urra”, beijaram-se novamente, antes
de dançarem a valsa do amor. Depois, a
Fadinha pediu a palavra mais uma vez:
“Não sei como expressar meus sentimentos, meus agradecimentos, a todos
vocês, principalmente a esse Bruxinho amado. E para coroar tudo isso, vou dançar
para vocês A DANÇA DAS FADAS, reservada só para ocasiões especiais”. E ao som da flauta, de olhos fechados, bailou na
grande sala, tão suave que parecia flutuar, como só uma fada sabe bailar. Tudo
isso sob os olhares da plateia emocionada... e de um Bruxinho apaixonado. E assim foram mais
três dias de festa.... e amor.
Linda e mágica com um final bem feliz! abração,chica
ResponderExcluirBom dia!logo cedo me encantando com uma linda história!não sabia que hoje era o meu dia rsrsrs.
ResponderExcluirAmo muito tudo isso..
Beijos enormes com carinho Gui.
Texto encantador , Carlos . Parabéns ! Beijos
ResponderExcluirOi Carlos,
ResponderExcluirSó poderia ser um autor consagrado para contar uma estória de fada tão fascinante. Eu quando pequena não gostava desse contos irreais, pois era muito madura para esses contos, mas tinha que ouvir os contos que minha mãe contava.
Parabéns, sua estória é fantástica
Beijos
Lua Singular
Hoje escrevi sobre Resiliência.
Que maravilha!!!
ResponderExcluirEntão eu faço aniversário no DIA DAS FADAS e nem sabia. rsrs
Que feliz coincidência essa.
Sou fã da saga e hoje especialmente me senti até homenageada com a história, não que eu seja uma fadinha, mas por hoje ser o meu dia especial.
Adorei!
Lindo demais!
Coisa boa é ser surpreendida tão positivamente. Que o diga a Fadinha.
Beijos, Lis
Fadinha e bruxinha, tudo igual só muda a essencia da bondade dengo
ResponderExcluirOI CARLOS!
ResponderExcluirUM CONTO ENCANTADO, NOS FAZENDO VIAJAR JUNTO, PARA ESTE MUNDO DAS FADAS.
LINDO!
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Surpresa boa, festa encantada... mágica das palavras...
ResponderExcluirBeijos!!
Que graça de historinha! Uma linda surpresa de amor! bjs e bom fim de semana,
ResponderExcluirMeu amigo quanto tempo não desfruto seus textos que encantam. Como mestre nas letras e na vida tu sempre nos traz o facínio da história bem servida.
ResponderExcluirObrigada amigo e perdoa a ausência..Desde que sai de minha cidade eu não tenho muito tempo para estar com os amigos queridos..
Rachel Omena
Oi Carlos,
ResponderExcluirFeliz por ver seu comentários. Estava ausente por isso a demora em aparecer. Só voltei na semana passada. No Face ja estou fora faz tempo.Logo estarei mais presente aqui... esse final de ano esta meio na corrida risos.
Adorei o texto. encantei-me bom viajar em suas palavras.
Beijos amigo!
Ótimo fim de semana!
Ahhhhh! Que fofo, que lindo!!! Onde fica esse mundo que quero ir lá e encontrar um fadinho desses...kkkk.
ResponderExcluirAmei, bjusssss.
Oi Carlos
ResponderExcluirPassando para agradecer sua resposta
no meu blog, digno de uma pessoa sapiente.
Beijos
Lua Singular
Oi amigo, que lindo, adorei!!
ResponderExcluirAmei o final, bem romântico ♥
Tenha uma ótima semana, abraços.
O amor de Deus é considerado o mair de todas as conquistas.
ResponderExcluirpor isso este é o amor de maior força em nosso coração.
E através desse amor , que depositamos nossa fé e esperança
em tudo ,que planejamos para nossas vidas.
Como já é tradição minha a nove anos falar de fé , esperança e
amor hoje não poderia ser diferente voltar sempre , que preciso me ausentar
falando de amor , fé e esperança.
Eu espero , que um dia o amor de Deus seja o maior dentro de todos os corações.
Obrigada pelo seu carinho comigo, obrigada por saber , que existe um cantinho
para mim no seu lindo coração.
Que seu Domingo seja tremendamente lindo beijos,Evanir.
Que delícia de conto! A magia pode ser criada por nós, quando existe amor. Bjs.
ResponderExcluirOlá.
ResponderExcluirPra você. Um dia de domingo agradável.
Abraços.
Boa tarde amigo Carlos !
ResponderExcluirMais um lindo capítulo, essa estória deliciosa que um alguém muito talentoso descreve muito bem !
E o que me encanta na estória é que a fadinha sempre sai ganhando, he he he, rs
Ela é sempre coroada pelo seu bruxinho...
Amei ler- te amigo !
Aguardando os próximos capítulos.
Beijos em seu coração da sua amiga Fernada Oliveira