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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

A FADINHA E O BRUXINHO - O DIA DAS FADAS




Certa vez a Fadinha comentou que não gostava do DIA DAS BRUXAS que o mundo real celebra. “Acho  que passa uma energia negativa. Por que não criam O DIA DAS FADAS? Muito mais romântico”. O Bruxinho disse:  “Concordo! Mas deixe os humanos viverem  sua pseudo felicidade, escolheram viver assim”. Passado um tempo, em 21 de novembro,  véspera do aniversário da Fadinha, ela estava ansiosa:  “Que presente meu Bruxinho vai me dar? Hummm... eu já tenho tudo. Cavalo alado já tenho, foi o primeiro presente que ele me deu. Nunca vou esquecer nossa primeira cavalgada. Tenho colar encantado... brincos mágicos... vestidos cintilantes tenho um monte... flautas... harpa... perfumes especiais diversos... sem contar pares e mais pares de sapatos de cristal. Puxa, o que mais ele pode me dar? Mas confio nele, ele sempre me surpreende . Adoro ser surpreendida!”.  Porém,  quando  amanheceu, ela teve uma pequena decepção, ele mal  deu-lhe  um beijo de despedida, partiu para uma missão, sem fazer nenhuma referência  ao  aniversário, e mulher não perdoa essas falhas. O máximo que ele disse, foi:  “Não me espere cedo, tenho muito a fazer”.  Já sozinha, pensou: “Puxa... o Bruxinho sabe que fico sensível no meu aniversário, que choro à toa, e foi frio comigo. Esquecer logo meu aniversário?”.  Trancou-se no quarto o dia todo, chorou muito deitada, quando saiu  não falou com ninguém. E o dia foi longo. No meio da tarde, ela se indignou:  “Quer saber? Eu que não vou ficar aqui. Vou me arrumar, me embelezar toda, e vou passear, visitar algumas amigas, e quem sabe até me divertir. Tô nem aí pra esse Bruxinho esquecido”. E ela foi mesmo, colocou seu melhor vestido cintilante, um lindo colar, brincos furta-cor, pediu a um dos duendes serviçais para escovar o cavalo alado,  mas não encontrou nenhuma amiga, ninguém estava em casa, passeou em outros reinos, mas todos estavam estranhamente vazios, e uma dorzinha insistia no peito:  “Cadê todo mundo? Logo hoje que estou abandonada? E cadê meu Bruxinho? Ele não podia ter feito isso comigo”. E chorou mais uma vez no caminho de volta. Já era noite, e de longe pôde ver grande movimentação em torno do castelo. Aproximou-se devagar, veio logo um duende:  “Vem, Dona Fadinha. A senhora está atrasada”.  “Antes de mais nada, pare de me chamar de senhora, está me chamando de velha?  Atrasada pra quê? Que tanto de gente é esse? Nunca vi tantas carruagens ”.  Ele respondeu:  “Melhor a senhora ver com seus próprios olhos”. Ela prosseguiu, desceu do cavalo, em passos lentos atravessou a passarela de  tijolos amarelos, entre os carvalhos, os ipês, as acácias, cuidadosamente enfeitados, saudada pelos bichos e por alguns convidados, até chegar à porta do castelo, e chorou mais uma vez, mas agora, de felicidade. Seu amado estava lá, no fim da grande sala, rodeado de gente, de braços abertos:  “Venha logo, minha amada. Sem aniversariante, não há festa”. Assim ela entendeu porque não encontrou ninguém nas casas, todos estavam ali, o Bruxinho surpreendeu mais uma vez:  “Você não existe”, ela disse emocionada. “Existo sim. Nós existimos... ao nosso modo. O abstrato é muito mais real do que o que chamam por aí de concreto. O concreto é destrutível,  efêmero, enquanto o que criamos dentro da gente, dura enquanto quisermos”. Ela o beijou:  “Então nosso amor será eterno... porque nós queremos assim”. Virou-se para os convidados, disse algumas palavras de boas vindas e agradecimento, mas o Bruxinho interrompeu:   “A surpresa não acabou”. Tirou do bolso um pergaminho,  e leu: “Eu, Bruxinho governante desse Reino Encantado, com autorização do Grande Mestre e com os poderes e autonomia que me foram delegados por ele, declaro oficialmente o dia  22 de novembro, como... O DIA DAS FADAS” .  Ao som de trombetas, clarinetes, aplausos  e muitos  “ipi ipi urra”, beijaram-se novamente, antes de dançarem a valsa  do amor. Depois, a Fadinha pediu a palavra mais uma vez:  “Não sei como expressar meus sentimentos, meus agradecimentos, a todos vocês, principalmente a esse Bruxinho amado. E para coroar tudo isso, vou dançar para vocês A DANÇA DAS FADAS, reservada só para ocasiões especiais”. E ao som da flauta, de olhos fechados, bailou  na grande sala, tão suave que parecia flutuar, como só uma fada sabe bailar. Tudo isso sob os olhares da plateia emocionada... e  de um Bruxinho apaixonado. E assim foram mais três dias de festa.... e amor.

18 comentários:

  1. Linda e mágica com um final bem feliz! abração,chica

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  2. Bom dia!logo cedo me encantando com uma linda história!não sabia que hoje era o meu dia rsrsrs.
    Amo muito tudo isso..
    Beijos enormes com carinho Gui.

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  3. Texto encantador , Carlos . Parabéns ! Beijos

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  4. Oi Carlos,
    Só poderia ser um autor consagrado para contar uma estória de fada tão fascinante. Eu quando pequena não gostava desse contos irreais, pois era muito madura para esses contos, mas tinha que ouvir os contos que minha mãe contava.
    Parabéns, sua estória é fantástica
    Beijos
    Lua Singular
    Hoje escrevi sobre Resiliência.

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  5. Que maravilha!!!
    Então eu faço aniversário no DIA DAS FADAS e nem sabia. rsrs
    Que feliz coincidência essa.
    Sou fã da saga e hoje especialmente me senti até homenageada com a história, não que eu seja uma fadinha, mas por hoje ser o meu dia especial.
    Adorei!
    Lindo demais!
    Coisa boa é ser surpreendida tão positivamente. Que o diga a Fadinha.

    Beijos, Lis

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  6. Fadinha e bruxinha, tudo igual só muda a essencia da bondade dengo

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  7. OI CARLOS!
    UM CONTO ENCANTADO, NOS FAZENDO VIAJAR JUNTO, PARA ESTE MUNDO DAS FADAS.
    LINDO!
    ABRÇS
    http://zilanicelia.blogspot.com.br/

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  8. Surpresa boa, festa encantada... mágica das palavras...

    Beijos!!

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  9. Que graça de historinha! Uma linda surpresa de amor! bjs e bom fim de semana,

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  10. Meu amigo quanto tempo não desfruto seus textos que encantam. Como mestre nas letras e na vida tu sempre nos traz o facínio da história bem servida.

    Obrigada amigo e perdoa a ausência..Desde que sai de minha cidade eu não tenho muito tempo para estar com os amigos queridos..

    Rachel Omena

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  11. Oi Carlos,
    Feliz por ver seu comentários. Estava ausente por isso a demora em aparecer. Só voltei na semana passada. No Face ja estou fora faz tempo.Logo estarei mais presente aqui... esse final de ano esta meio na corrida risos.
    Adorei o texto. encantei-me bom viajar em suas palavras.

    Beijos amigo!
    Ótimo fim de semana!

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  12. Ahhhhh! Que fofo, que lindo!!! Onde fica esse mundo que quero ir lá e encontrar um fadinho desses...kkkk.
    Amei, bjusssss.

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  13. Oi Carlos
    Passando para agradecer sua resposta
    no meu blog, digno de uma pessoa sapiente.
    Beijos
    Lua Singular

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  14. Oi amigo, que lindo, adorei!!
    Amei o final, bem romântico ♥
    Tenha uma ótima semana, abraços.

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  15. O amor de Deus é considerado o mair de todas as conquistas.
    por isso este é o amor de maior força em nosso coração.
    E através desse amor , que depositamos nossa fé e esperança
    em tudo ,que planejamos para nossas vidas.
    Como já é tradição minha a nove anos falar de fé , esperança e
    amor hoje não poderia ser diferente voltar sempre , que preciso me ausentar
    falando de amor , fé e esperança.
    Eu espero , que um dia o amor de Deus seja o maior dentro de todos os corações.
    Obrigada pelo seu carinho comigo, obrigada por saber , que existe um cantinho
    para mim no seu lindo coração.
    Que seu Domingo seja tremendamente lindo beijos,Evanir.

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  16. Que delícia de conto! A magia pode ser criada por nós, quando existe amor. Bjs.

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  17. Olá.

    Pra você. Um dia de domingo agradável.
    Abraços.

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  18. Boa tarde amigo Carlos !
    Mais um lindo capítulo, essa estória deliciosa que um alguém muito talentoso descreve muito bem !
    E o que me encanta na estória é que a fadinha sempre sai ganhando, he he he, rs
    Ela é sempre coroada pelo seu bruxinho...

    Amei ler- te amigo !
    Aguardando os próximos capítulos.

    Beijos em seu coração da sua amiga Fernada Oliveira

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