O Bruxinho estava espanando a poeira de seus livros mágicos na estante quando a Fadinha veio: “Ah, não! Não é possível uma coisa dessas!”. Ele murmurou: “Ai, ai... TPM de novo”. Ela ouviu, e meio que brigou: “Olha o respeito. Não é não. E se fosse?”. Puxou-o pelo braço até o sofá: “Ai, Bruxinho! Estou grávida de novo... já estava desconfiada desde que minha magia interrompeu”. Calma, o autor explica rs rs. Dizem que quando as Fadinhas engravidam, sua magia é interrompida, elas não podem fazer mágicas. Ele disse: “Bem, Fadinha, eu sei que você só queria dois filhos, que já temos, mas não posso negar que estou feliz”. Ele entendeu: “Eu sei, meu querido Bruxinho. Mesmo não tendo programado, vai ser bem-vindo. Vamos esperar. Esse Bruxinho está forte, hein?”, completou rindo. Ele riu também: “Já pensou se nascerem outros gêmeos?”. Agora ela brigou( ô Fadinha brigona): “Vire essa boca pra lá! Que hora pra fazer piadinhas sem graça!”. A notícia correu por todo o Reino da Poesia, todos ficaram maravilhados, os duendes, os gnomos, guelfos, os bichos, assim os meses foram passando e o comentário era um só... a mais linda grávida de todo o reino.
Finalmente chegou o dia do nascimento, um lindo menino que
se chamaria Jansen, o irmãozinho de Charlotte
e Peter , o casalzinho de gêmeos que
cresciam em graça e agora tinham sete aninhos. Naturalmente, todas as atenções, ou quase todo
o tempo era dedicado ao novo bebê, e isso refletiu entre os irmãozinhos. Peter
e Charlotte ficaram diferentes. Peter ficou rebelde
na escola, brigava com os coleguinhas. Charlotte abandonou as bonecas, trancava-se no quarto o dia todo, e quando
saía, tinha o rosto lambuzado de maquiagem. Pior que isso, pararam de se
alimentar, não gostavam mais de banho, respondiam mal ao Bruxinho e à Fadinha,
estavam sempre arredios e de nariz torcido. A Fadinha estava em recuperação,
não podia fazer muito, restou ao Bruxinho entender o porquê de estarem assim.
Certa noite, pé ante pé, entrou no quarto de Peter, e o ouviu chorando. A mesma
coisa no quarto de Charlotte. No dia seguinte, reuniu os dois após o café da
manhã. Disse: “Peter e Charlotte, queridos filhos. Até hoje somos
uma família feliz... mas de repente vocês dois ficaram agressivos, tristes,
estranhos. O que está havendo? Por que não falam o que tem de errado? Se não
disserem como posso ajudar vocês? Deviam estar felizes, ganharam um irmãozinho.
E o maior absurdo, já se passou um mês, e nem o viram ainda”. Finalmente, Peter tomou coragem: “É por isso mesmo. Felizes? Ele tomou o nosso
lugar”. Charlotte emendou: “Mamãe, nunca
mais falou comigo, desde que a barriga dela cresceu, não é mais minha amiga”. O
Bruxinho pôs a mão nos dois: “Que lindos! Estão com ciúmes... mas estão
enganados. Mamãe e papai jamais
abandonará vocês dois, ou vão preferir o
outro filho. Precisam entender que há um bebezinho, irmão de vocês, muito mais
frágil que vocês dois, e que precisa de nós todos cuidando dele. Vocês já foram
bebês também, e receberam o mesmo carinho, por isso cresceram lindos assim.
Vamos... venham nos ajudar a cuidar de nosso bebê. E digo mais... a mamãe anda tristinha por estarem agindo assim, por
isso ainda não se recuperou direito, vai
fazer um bem danado vocês entrarem
pela porta do quarto dela”. Peter perguntou: “Como ele é, papai?”. O Bruxinho olhou para os dois, e disse: “Tem
os olhos profundos de Charlotte... e a boca de Peter . Ele reuniu a beleza de
vocês dois, eis aí mais um motivo pra vocês o amarem. Ele é vocês dois reunidos”.
Os irmãozinhos se entreolharam e
disseram juntos: “Vamos?”. Correram até
o quarto, abraçaram a mamãe Fadinha, e depois se deslumbraram com o irmãozinho,
que parecia entender o que ocorria, e
sorria também. O Bruxinho parado na porta, fotografava aquela cena magnífica,
não com nenhuma máquina, mas com a retina de seus olhos marejados, para
armazenar para sempre no coração. A Fadinha, de lá falou igualmente emocionada:
“ Você conseguiu. Você é demais, meu querido Bruxinho. Só você mesmo
para me proporcionar isso. Venha... junte-se a nós!”. “ Claro que vou!”. E misturou-se a eles na enorme cama que transbordava de amor... ou melhor, naquela cama onde nasceu todo aquele amor.
Puxa... conflitos até no reino encantado. Estou começando a pensar que essa história da Fadinha e Bruxinho, é real rs rs.
ResponderExcluirRs, é mesmo amigo Carlos, essa fadinha tem até TPM... coitadinha, eu sei o que ela sente perfeitamente !
ResponderExcluirMuito legal esse capitulo...
Mas um fruto desse amor lindo entre a Fadinha e o Bruxinho.
E o ciume dos irmãos isso é natural... hoje mesmo eu falava isso com uma amiga.
Mas devido ao amor que envolve esse casal, tudo deu certo no final...
Eu sempre digo que o amor vence tudo!!!
Amei amigo, parabéns !
Beijos de sua amiga Fernanda Oliveira
Olá amigo poeta!
ResponderExcluirMais um delicioso conto.
Essa saga está cada vez melhor.
Penso que é uma história real mesmo.
Arrasou como sempre.
Me prendeu lá dentro.
Que venha mais...
Parabéns!
Beijos,
Lis
Fantasia e realidade juntas nesse belo conto!Adorei! abração,chica
ResponderExcluirAdorei esta historinha, família é mesmo tudo igual, até nos contos de fada, rsrsrsrsrs...
ResponderExcluirLindo de se ler!!
Grata pela sua adorável visita no meu cantinho!!
Tenha uma tarde iluminada!!
Beijinhos!!♥
Boa noite meu menino beija-flor!
ResponderExcluirAqui os teus contos faz acontecer...valioso sim ...entre a fantasia nos envolvemos com o real...
Aproveito para trazer meu agradecimento pelo comentário no blog:
http://reflexosespelhandoespalhandoamigos.blogspot.com.br/
Valeu e muito.Precisamos propagar mais e mais para que toda mulher sinta o desejo de fazer o exame para que haja menos índice de câncer de mama!
bjs de boa noite !
Amigo Carlos, muito interessante, no mundo real e no mundo da fantasia o "malvado" ciumes também existia? Adorei essa estória! Um abraço e feliz final de semana...
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