Uma Fadinha acima de tudo é uma mulher. Um dia chamou o
Bruxinho: “Meu bem, não que eu não goste do nosso lugar, amo esse Vale
Encantado, que já era bonito, e nós dois fizemos ficar ainda mais, mas tenho um
desejo antigo, gostaria de morar numa casinha na árvore”. Ele respondeu: “Meu bem, como vamos deixar o
Vale? Todos aqui, os duendes, os elfos, os bichos, as plantas, precisam de nós”. Ela explicou: “Nem tanto, meu Bruxinho. Tudo aqui já está
pronto, não falta mais nada. Além do mais, viremos sempre aqui ver como está, e
eles saberão onde nos encontrar. Queira muito ter um lugar só nosso, para nossa
privacidade, nossos momentos de aconchego”. O Bruxinho, pensou, pensou, e como
não gostava de contrariar a amada, concordou: “Está bem, meu bem. Amanhã cedo saímos a
procurar uma bela árvore e fazemos nossa casinha”. Ela sorriu: “Amanhã não. Agora. Eu já sei onde tem um
casinha pronta. E já até preparei o cavalo”. O Bruxinho ficou surpreso: “Essas mulheres. Sei não, viu? Vamos então. O que será que essa
Fadinha está aprontando?”. Cavalgaram por um bom tempo até avistarem um enorme
carvalho sustentando uma casinha charmosa. A Fadinha não parava de rir vendo o
Bruxinho cada vez mais boquiaberto sem saber que ela havia preparado tudo . Subiram a escadinha, e entraram. Ele disse: “Que
linda casinha, Fadinha amada! Sinto os toques de uma Fadinha aqui. É minha
impressão ou foi você quem mandou fazer? Era aqui que você vinha todas as
manhãs?”. Ela enlaçou seu pescoço com os braços: “Sim... eu precisava acompanhar o andamento.
Mas a surpresa não para aí. Vem...”. Puxou-o pela mão e quando entraram no
quarto, ele viu uma cama muito grande e larga, de almofadas branquinhas em
forma de coração escritas “Eu Te Amo”, o lençol também branquinho cheio de pétalas de rosas
vermelhas que ela cuidadosamente espalhou.
Ela preparou um leito de amor. Ele se engasgou emocionado, ela nem o deixou falar, abraçou-o de novo, dizendo. “Sabe por quê tudo isso?
Porque eu quero um bebê. Somos felizes, mas seremos ainda mais. Um dia vamos ficar
velhinhos, e o amor tem que continuar.
Vamos perpetuar nosso amor nos nossos filhos”. Ele abraçou-a forte, beijou-a
com intensidade. “É claro que eu também quero um bebê. Vamos, nosso leito está
chamando”. Sempre tinham linda noites de amor, mas aquela foi diferente. Toda a
natureza se aquietou, parecia respeitar
aquele momento sublime de amor. Nada se mexeu. Nem os bichos piaram, nem o
vento mexeu na folhagem, não se ouvia nem o riacho. Apenas os murmúrios de duas bocas que não se
deixavam. Os meses foram passando e os comentários não só no Vale, mas em todos
os reinos, que ela era a grávida mais linda de todos os tempos, e o Bruxinho, o
marido mais “babão”. Enfim nasceu. Ou melhor...
nasceram. Um menino e uma menina muito
lindos. Era só o que faltava para enfeitar aquele Vale Encantado, a Fadinha e o
Bruxinho terem um filho, mas a alegria foi em dobro, eles tiveram gêmeos.
Acariciando os filhos com uma mão, e com outra respondendo o afago do Bruxinho
em seu rosto, ela perguntou: “Eles são
lindos. Será que terão magia como nós? Será que também serão Fadinha e Bruxinho
como nós?”. Ele respondeu: “Se vão ter o
dom da magia não sei dizer... mas seu encanto eles já têm”. Ela jogou um beijinho, dizendo: “Encanto que boa parte
foi você quem me deu. Eu te amo Bruxinho... para sempre”. A notícia correu por
todos os reinos, todos foram visitá-los , inclusive aquele Rei ex-malvado que ficara bom no texto anterior, que
disse: “Tive um sonho revelador, sei que foram vocês quem me amaciaram o
coração, que puseram a poesia em mim, sou-lhes muito grato. Como agradecimento,
gostaria, assim que puderem, quando seus filhos tiverem um tamanho maior, que
fossem todos morar no meu reino, lá tem muita alegria, fartura... e poesia. Nem
precisarão abandonar seu Vale Encantado,
podem visitá-lo sempre que quiserem”. Com dois aninhos de idade, a Fadinha e o
Bruxinho se convenceram que seria mesmo melhor para seus filhos, crescerem num
lugar chamado REINO DA POESIA.
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Está parecendo a saga de Harry Potter... rs rs Mas a minha saga só tem amor. E é o que vou
fazer enquanto estiver vivo: Escrever
sobre o amor, porque é para isso que um poeta nasce.
a família tá que cresce, ainda bem que cresce também no amor.
ResponderExcluirAbraço
Olá amigo poeta!!
ResponderExcluirEstou adorando essa saga.
Daqui a pouco dá um livro.
Uma casinha na árvore é um sonho de muitas meninas e mais ainda das meninas-fadinhas! rsrs.
Que esse amor perdure e continue assim lindo e forte.
Beijos e o meu carinho.
Lis
Amigo, grata pela sua visita. Também acompanhando seu espaço. Um abraço e lindo domingo!!!
ResponderExcluirMaravilhoso esse capítulo...
ResponderExcluirGostei demais!
E me chamou atenção o final da postagem, onde você diz:
''Está parecendo a saga de Harry Potter... rs rs Mas a minha saga só tem amor. E é o que vou fazer enquanto estiver vivo: Escrever sobre o amor, porque é para isso que um poeta nasce. ''
Gostei, é interessante... também não consigo me imaginar escrevendo algo que não fale de amor.
Beijos!
Fernanda Oliveira