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quarta-feira, 14 de novembro de 2018

MUITO ANTES DO NEYMAR EU JÁ CAÍA.


Uma das coisas mais gostosas da infância era jogar bola na chuva. Bastava o céu escurecer, os amiguinhos saíam para as casas dos outros chamando para jogar, eu era um dos principais a fazer isso. As mães sofriam com as roupas enlameadas. Pensando bem, não sofriam muito não, basta para a mãe que o filho esteja feliz, lavar as roupas daqueles moleques era só um detalhe. Bravas mesmo ficavam quando a gente, lá pelas dez horas ou mais, depois de passar o dia todo na rua, queria dormir com os pés sujos de poeira ou lama, e tome chinelo rs rs. No campinho de terra, eu era o que mais caía, caía de propósito, quanto mais lama melhor. Tinha um senhor muito sério, chamado Mário, homem de poucas palavras, mas comigo ele brincava sempre que eu passava com lama até no meu cabelo batendo no ombro: “Tô vendo um palito cheio de lama” ... rs rs eu era magrelo. Ou então me provocava: “Jogador que cai demais é porque não é bom jogador”. Eu retrucava: “Engano do senhor. O craque é sempre perseguido em campo, sofre muita falta”. Acho que eu fui o primeiro “Neymar” da história rs rs.
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IPATINGA, BAIRRO BOM RETIRO -
Saudades da "Vital Brasil"... aquela rua.

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( imagem FUTEBOL BH )

sábado, 10 de novembro de 2018

SÓ ME RESTOU A POESIA!


E se depois do caos, da escuridão, do trovão,
do dilúvio, da explosão do Vesúvio
te restares somente a poesia
que semeastes um dia?
E se quando chegar a idade
e a tempestade não trouxer a bonança
partindo o último fio de esperança,
não oferecendo à tua íris nem o arco-íris, nem o tesouro?
E se prevalecer o mau agouro?
Homem dos versos, responde ao universo;
o que farás ao olhares para trás
e na peneira dos teus dias
te restares apenas a poesia?
Certamente responderei:
A semente que Deus me deu, eu semeei.
Não foi à toa, nem a esmo,
ela brotou dentro de mim mesmo,
floresceu alegria, abrandou os meu ais.
Só me restou a poesia,
afinal, do que preciso mais?
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( imagem Top List vn - google )

terça-feira, 6 de novembro de 2018

MEU CORAÇÃO NÃO É DIGITAL!


Nesse tempo tão digital,
meu coração tão analógico.
Não muito lógico, mas com toda razão.
Nem apológico...
Apológico, talvez só da liberdade,
vivo as coisas como elas são.
Acredito numa verdade:
Não se prenda à rotina,
pois, não há lógica maior que a lógica da emoção.
Fotografo essa vida com a retina
e armazeno no coração;
é onde faço minha analogia
transformando em poesia, em emoção
o que chamam de real, de razão.
O mundo pode até ser digital,
mas, eu? ... eu não!