ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

APOTEOSE DO AMOR.

Enquanto todos foram curtir à revelia,
nós fizemos nossa própria folia.
Gosto quando você vem pra cima e samba
com sua cintura bamba.
E eu, parceiro feliz
num compasso certeiro
também agito meu pandeiro
obedecendo seus quadris.
É cada cutucada na cuíca,
quanto mais eu mexo, mais dançante você fica,
e a cada rebolado seu,
mais fogoso fico eu.
Sorrisos e gemidos são nossas alegorias
Eros e Vênus, nossas fantasias.
Nosso enredo é o amor,
esse nunca desafina
Eu sou seu Pierrot
Você minha Colombina.
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( imagem google )

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

A NATUREZA NA AVENIDA.


Nesse carnaval a natureza vai estar na avenida, ou melhor, nas avenidas de todo o Brasil e em boa parte do mundo. Vai ser homenageada? Vai ser tema de samba enredo? Não! Com olhos de poeta vejo a natureza na avenida, mas não a vejo feliz, vejo-a desfilando chorando. Ela vai estar nas fantasias enfeitadas de penas e plumas de pavão, avestruz e outras aves raras e exóticas... e em extinção. As sambistas vão estar radiantes em suas sandálias de couro de crocodilo, vai ter até colares feitos de marfim, e com certeza vão ser destaque na televisão, nas revistas de moda (que nojo), as revistas de fofoca darão grande ênfase sobre quem arrasou mais. Mas não tem problema não, na quarta-feira de cinzas, com muita ressaca, se sentindo realizados, todos deitarão sua consciência em travesseiros de penas de ganso. Aí a gente quer entender porque voltou a febre amarela, porque o zica vírus, porque a temperatura da terra sobe um grau a cada ano, porque os polos estão degelando, porque há furacão onde não havia, porque há seca onde chovia tanto. E ainda tem gente que diz que a culpa é de Deus. Sou contra o carnaval? Tirando a crise social, política e econômica, que é assunto para outro texto, não sou contra, mas há outras maneiras de se fazer a festa sem machucar ou matar os bichos. Isso vai mudar? Nunca, eu sei. Mas eu também nunca vou deixar de falar.
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( imagem renan lima )

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

INDEFINÍVEL


É tão forte o nó de abraço que a gente deu
que às vezes penso que sou você,
e você pensa que sou eu.
De repente a gente virou um.
Indefinível ...
é o amor que a gente faz
eu faminto, você voraz.
Só uma certeza eu sinto...
não é um amor comum,
pois transcende, extrapola, surpreende
e a gente se embola, se enrola, rola
e nossa cama se acende num fogo só.
Vem cá, me dá mais um abraço
me enlaça em suas pernas e braços
me prende de novo nesse nó.

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(RECORDANDO DE 2015)

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( imagem dreamstime.com )

sábado, 4 de fevereiro de 2017

OLÁ, MOÇO DO DISCO VOADOR...




Em 1974, Raul Seixas que tinha um senso crítico principalmente social, muito apurado,  gravou essa música como quem pedia socorro:  “Ô, moço do disco voador, me tira daqui, me leve embora, aqui está ruim demais”.  Elis Regina cantou: “Alô, alô, Marciano. Aqui quem fala é da terra pra variar estamos em guerra”. Não pensem que a música de Elis falava apenas de guerra armada, falava de várias guerras, inclusive a hipocrisia  é  uma delas. O Raul estava enganado, o caos é agora. Simplesmente as redes sociais estão me enojando cada vez mais, é claro que não é todo mundo, mas não dá para mais ler reportagens, abrir facebook, twitter, blogs etc. Quem tiver uma anteninha ligada vai saber do que estou  falando, também não vou ser claro porque não quero colocar mais uma pitada nessa confusão. Sobre discos voadores, tive três fases sobre acreditar ou não. Na primeira frase, nos anos 70/80,  infância e adolescência , eu acreditava que existiam, mas tinha um medo danado, pensava que eles viriam para dominar, destruir tudo, escravizar a gente e tudo o mais. Depois passei a desacreditar, pois estavam demorando demais para aparecer, caíram no meu descrédito. Hoje eu vivo a terceira fase, volto a acreditar, na esperança forte de que eles existam sim, que venham dar um jeito nesse “asteróide pequeno que todos chamam de  Terra”, como diz o Zé Ramalho. Por quê?  Porque não creio haver uma raça pior que a raça humana. Tirando raríssimas exceções eu não espero mais nada de positivo do ser humano. Foi Cristo quem disse: “Na casa de  meu Pai há muitas moradas”. Deve haver um lugar melhor. Então eu também estou lançando ao espaço o meu SOS, meu pedido de socorro para que alguma nave desça e me leve, pois, definitivamente eu penso que eu não sou daqui, às vezes penso que  fui deixado aqui por engano. Eu prefiro ser chamado de alienígena a ser chamado de alienado. E cá pra nós... esse mundo já passou da hora de acabar.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

RECITANDO - UM SOM PARA O MEU CORAÇÃO.


Eu quero um som para o meu coração
que me amanse
para que eu alcance
a plenitude da mais pura emoção.
Não quero farpas,
Quero a paz dos campos,
chamar de amigos os pirilampos
quero som de harpas embalando meu sono.
Não quero buzinas,
quero uma voz de menina
que sussurra, me alucina
e me tira do abandono.
Passarinhos na janela
me cantando que a vida é bela.
Não quero ira.
Quero toques de lira embalando cânticos
Quero dançar nas notas de violinos românticos.
Ah, quero nessa vida, só harmonia.
Se houver sinfonia, quero a nona de Beethoven.
Tcham, tcham, tcham, tcham
e vem mais uma emoção
meu íntimo guarda tudo
que meus ouvidos ouvem,
por isso quero ouvir algo bom
pode ser em qualquer tom,
mas que toque meu coração.

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(   https://youtu.be/btxg5BhYYh4 ) 

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Recordando e inaugurando meu canal de poesia no Youtube - Demorouuuuu hein, Carlos? Lá tem outros além desse, e farei ainda muitos outros mias