ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

FELIZ ANO NOVO!!!



Não vou me alongar muito, afinal teremos o ano todo para nos afagarmos, pois penso que afagos têm que ser o ano todo, mas é normal dizermos algumas palavrinhas na véspera da virada. Agradeço a todos que estiveram comigo em 2014, que me leram, que me toleraram em algumas brincadeiras, que me perdoaram quando fui chato, que riram junto comigo , que me ampararam, principalmente na despedida de minha mãe. Nunca fui muito de ficar planejando o ano seguinte, o que eu procuro é estar pronto para o que der e vier, sempre tive muita fé em Deus, e isso me facilita muito a lidar com o dia a dia, mas 2015 para mim chega com muitas expectativas boas. O que eu garanto é que num ponto, 2015 não vai ser diferente de todos os anos de minha vida: Valorizar as amizades, vou rezar muito, escrever muito:  essas são as três coisas que me embalam.

Só peço uma coisa: Sejamos mais crianças!

FELIZ ANO NOVO PARA TODOS!!!
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2015 EU QUERO ASSIM...
Fale-me qualquer palavra
em qualquer língua, estranha ou conhecida,
mas que celebre a vida.
Ou cante qualquer canção,
moderna ou antiga
que me faça uma noite tranquila e uma manhã amiga.
O tom, tanto faz,
mas que seja de paz.
Conte-me qualquer história
de fadas ou real,
mas que seja do bem com toda a glória
vencendo o mal.
Fale-me de pessoas na praça
achando graça, se abraçando de graça.
Fale-me de momentos, mas que tenham sentimentos
regados no jardim dos bons pensamentos.
Fale-me filosofias, profecias, poesias
que toquem os anseios meus
e plantem em mim definitivamente o amor.
Fale-me de algo superior,
mas que me lembre Deus.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

UM DIA DE MOLECAGEM




Os namorados conversavam debaixo de um pé de acácias. Ele disse: “Não gosto de gente que se porta como adulta o tempo todo”. Ela respondeu: “Eu também não, meu bem. A gente precisa ser criança de vez em quando, tirar um pouco da sisudez”. Ele gostou e emendou: “É verdade. Às vezes a gente precisa de umas molecagens, tipo apertar campainha e sair correndo, qualquer coisa assim... sem compromisso de nada”. “Hummm... tive uma ideia”, ela disse, e completou: “Você me ama?”. Num beijinho curto, ele respondeu: “Claro que amo”. E ela: “Se me ama, vai topar uma molecagem”. Ele: “Ai, ai. Tenho medo de suas ideias. Mas diga qual é a molecagem”. Ela riu: “Não foi você mesmo quem disse que precisamos de travessuras de vez em quando, que precisamos ser crianças? Que tal apertarmos umas campainhas?”. Ele nem pensou direito: “Claro que topo, mas tem uma coisa... correr de mãos dadas para que ninguém se perca do outro”. Ela: “Legal! Vamos apertar de várias casas, mas tem uma família ali muito mal humorada, gente fechada, brava, de poucos amigos. Se é pela aventura, tem que ter risco, e eles não podem ficar de fora”. Lá se foi o casalzinho de mãos dadas, como dois molequinhos, e começaram a operação, apertavam as campainhas, e ficavam escondidinhos atrás de uma moita, vendo os vizinhos que abriam as portas ou portões procurando quem chamava. Encucados, voltavam para dentro, os dois se divertiam muito, a cada risadinha, um beijinho. Ele disse: “Agora é na casa que você falou. Vamos”. Foram lá, apertaram e se esconderam atrás da moita. Um senhor de barbas longas, de cara assustadora, saiu no portão: “Parece que ouvi a campainha, mas não tem ninguém”. Voltou para casa. Passados mais uns três minutos foram de novo apertar, e se esconderam. O homem voltou: “Tem algum moleque sem pai nem mãe me fazendo raiva. Ah, se eu pego”. Mais uns três minutos, lá foi de novo o casal, o homem saiu bravo, gritando para os ares:  “Seu moleque sem-vergonha, pare de perturbar quem está quieto. Vou lhe pegar e dar uns bons cascudos”. Os dois não se aguentavam de rir atrás da moita. E assim fizeram mais umas quatro vezes, até decidirem fazer a última. “Mas agora, vamos esperar um pouquinho mais, para ele pensar que paramos”, disse ele. Cinco minutos depois, a armadilha. O velho ficou atrás do portão na espreita, e quando apertaram, o susto maior foi do homem vendo o casal adulto que resolveu tirar a paz da vizinhança naquele dia. “Então são vocês seus “sem serviço”. Melhor ainda para eu bater já que são grandes”.Tentaram correr, mas a moça escorregou ficando para trás, o rapaz ganhou distância, e de lá viu a amada encurralada pelo homem barbudo cuspindo fogo pelas ventas que tentava agarrá-la, o que só não havia ainda conseguido porque era magra e ágil. O namorado pensou: “Não posso deixar  meu bem lá, preciso fazer algo”. Foi correndo em alta velocidade, deu um safanão no homem que caiu sentado, o rapaz deu logo a mão à amada e fugiram em disparada, enquanto o barbudo esbravejava: “Voltem aqui de novo e vocês vão ver”. Correram, correram muito até uma distância segura, e ofegantes e sorridentes, comentaram: “Que sufoco, hein, meu bem?”, ele disse. E ela: “Pois é... quase dançamos. Ainda bem que ele é gordo e não pôde nos pegar, eu principalmente que fiquei encurralada... mas, eu sabia que meu bem voltaria para me salvar. Isso me deixou meio tranquila”. Encostando-a na árvore, ele a beijou: “Jamais deixaria você ali sozinha”. Ela pensou por alguns segundos, e disse: “Engraçado... tive agora a sensação de que já fizemos isso juntos um dia... mas quando crianças. Vi a cena agora direitinho, você me salvando, a gente fugindo de mãos dadas”. Ele: “Como assim? Como pode se só nos conhecemos já adultos?”. Ela respondeu: “Engano seu. No meu instinto feminino imagino que já nos conhecemos de vidas passadas, de eras passadas. Nossas almas já namoravam antes de nossos corpos físicos se encontrarem. Somos duas paralelas que viajavam lado a lado através dos tempos, e que hoje se cruzaram”. Ele se emocionou: “Que lindo isso que você disse! Éramos paralelas... agora somos um nó que nunca mais vai se desatar”. E beijaram-se demoradamente depois de um dia de molecagem, para começarem a melhor molecagem de todas... que é amar.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

FOI VÊNUS QUEM ME DISSE

( imagem  internet )

Foi Vênus quem me disse
que não amar é uma tolice.
Que viver é simples e bom,
mas pode se tornar complexo
sem o tempero do amor e do sexo.
Disse que a melhor dança é a das cinturas
fazendo o côncavo e o convexo.
Que a melhor aventura
é amar com loucura, com frisson
Quem me disse foi Vênus:
deitar juntos é a mais linda viagem,
que o amor é que dá o tom.
Que sem amar se vive menos,
é como comer a embalagem
e jogar fora o bombom


FOI JOHN LENNON QUEM DISSE

( imagem aduncdeviandart.com )

Quando John Lennon falou
que não era o único sonhador
não sabia o quanto acertou.
Os sonhadores estão por aí a cada dia mais .
São pequena minoria é verdade,
mas, ai da sociedade se morressem todos os ideais.
Foi John Lennon quem disse
que não é assim tão difícil
que basta dar uma chance à paz.
Jogar certo os jogos da mente,
não de forma individualista, mas altruísta.
Poder para o povo.
Já que deu tudo errado até agora, começar de novo.
Imagine e tudo será feito
O novo brota dentro de cada peito e se espalha
enxovalha todo o planeta,
e o que era difícil, fica fácil,
o ruim fica bom.
Ainda bem que aquela bala
não calou a música do John.
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Eu também estou muito feliz de não ser o único sonhador.

Ideias extraídas de algumas músicas de John Lennon. "Imagine, "Power to the people", "The war is over" , "Mind Games".

sábado, 20 de dezembro de 2014

AVENTURAS DE UM MENINO PASSARINHO


É, não teve jeito, não resisti em mostrar antes do lançamento a capa de meu livro AVENTURAS  DE  UM  MENINO  PASSARINHO, não nasci mesmo para conter emoções, e sempre que o fiz, fui infeliz. Acabei rimando, poeta rima até sem querer  rs rs. Já havia postado que é um livro autobiográfico em forma de contos, narrando infância, adolescência e juventude, aventuras, alegrias, dificuldades, saudades, emoções diversas enfim. Um livro que até está sendo impresso agora, os próprios contos foram escritos de uns anos para cá, mas que nasceu nos meus longínquos e tenros nove anos de idade. Como? É um livro que fui escrevendo em tempo real,  sem saber, simplesmente vivendo, estudando, brincando, sonhando, embora jamais pudesse imaginar que um dia colocaria em folhas de papel, apesar de que, já aos quinze anos eu tenha dito a um amigo: ‘Um dia vou escrever um livro’. Puxa, eu não tinha a mínima condição financeira de pensar em escrever um livro, mas Deus tornou possível. Sempre falei:  ‘O  sonho não morre, fica guardado na gaveta do coração esperando o momento de acontecer’.  ‘Acalente seu sonho, e ele o acalentará. É recíproco, você não vive sem seu sonho, e ele não vive sem você’.  Estou emocionado, ansioso, como esconder isso? E pra quê esconder isso? Esse não é o meu primeiro livro, no primeiro que também é lindo , faltou  experiência de minha parte, e a editora deixou a desejar,  só que isso já é passado, talvez um dia eu o publique novamente, porém não é prioridade agora. Não sei quantos livros ainda vou publicar, mas esse com certeza vai ser o mais importante de minha vida, por isso eu o chamo de emblemático, pois nele, estão meus tempos de escola, as professoras, os amigos, os campinhos de bola, minha saudosa  “Rua Vital Brasil”, meus irmãos e irmãs, e claro, minha mãe.  É principalmente um livro dedicado às crianças... mas não é proibido para adultos rs rs. Emoção não tem idade, haja vista esse livro ter crescido comigo.


Em  tempo:  Não havendo imprevistos, o livro estará disponível em março próximo, meu mês de aniversário... meu presente está garantido. Um presente de Deus!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

MINHA MENSAGEM DE NATAL - ANTES DA COLHEITA, A SEMEADURA


Todo mundo ao fim de cada ano faz uma reciclagem, um balancete, do que fez, do que não fez, do que sonhou, do que realizou e do que não realizou. Eu não fazia muito isso, mas venho fazendo de uns anos para cá, acho que é a idade. Quando se é bem jovem não se pensa muito nisso. Bem, o meu ano de 2014 foi de preparar o terreno para nova semeadura, e quando digo terreno, refiro-me principalmente ao  coração, é ele o nascedouro de todas as coisas. Para que ocorra tudo certo no plantio, e posteriormente uma bela colheita, o terreno tem que ser cuidadosamente, carinhosamente preparado. Durante 2014 arranquei algumas ervas daninhas e tiriricas, aquelas teimosas que vão crescendo nos cantinhos, e a gente não percebe... por exemplo: inveja, rancores, ambição desmedida, soberba, preguiça e outras mais. É claro que a gente nunca vai atingir a perfeição, estamos muito aquém do modelo chamado Jesus Cristo enviado por Deus, mas a cada pouquinho que caminhamos rumo à humildade,  evoluímos espiritualmente, no verdadeiro sentido de ser... de ser humano.  É fato também, infelizmente,  que às vezes os jardins são mais notados pelas ervas daninhas que possui do que propriamente pelas flores que os enfeitam, talvez por isso a gente deixa algumas, pela simples necessidade de ser notado. Isso é um pouco duro para mim, ainda não consegui entender o julgamento humano, os frios olhos humanos, o que não me impede de continuar a  embelezar meu jardim, e assim ele estará visível a quem souber ver, a quem possa merecer. Sei também que cabe a mim buscar atrair mais e mais pessoas, tenho até conseguido sim, e cada um que chega, me causa felicidade, afinal, amigos também são flores. Meu desejo era que em 2015 o mundo se tornasse um grande jardim, sei que é impossível, afinal, como disse acima, não seguimos o modelo divino, mas a gente fazendo um pouquinho, a vida já estará melhor. Que venha 2015, um ano de colheita para  mim, e nessa colheita, já em março, estará meu livro  AVENTURAS DE UM MENINO  PASSARINHO, um livro emblemático, que não é o primeiro, mas que vem sendo acalentado, regado há bastante tempo... o terreno foi preparado com amor.
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Em tempo... 2014 também vai ficar marcado pela partida de minha mãe. Essas perdas são para sempre, não se resumem a somente um ano, acho que por isso não citei no texto acima,

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De  coração, Feliz  Natal a todos, um ano novo de boas semeaduras, e claro, consequentemente, também de  boas colheitas.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

PARALELAS

( imagem renatamangeon.blogspot.com - google )

Nas leis da física, as paralelas viajam juntas por todo o universo. Há divergências, muitos afirmam que elas se cruzam num determinado ponto no infinito, muitos outros negam, afirmam que elas nunca se cruzam, e há ainda uma terceira hipótese que diz que depende do ponto de observação. Na verdade, há muitas teorias, não vou ficar discutindo física, nem sou bom nisso, tiro o chapéu para quem entende. Cazuza diz numa música, “ nossos destinos foram traçados na maternidade ”. Eu vou um pouco mais além, nossos destinos foram traçados no cosmos, numa outra dimensão. Está traçado as pessoas que vão cruzar nossos caminhos, embora nem sonhemos conhecê-las. Infelizmente nem todas as paralelas são boas, mas nada é em vão, até nisso há uma grande sabedoria superior nos observando, o importante é como vamos lidar com as paralelas, que nem sempre pensam como a gente apenas pelo fato de serem paralelas. Pelo contrário, às vezes convivemos com paralelas totalmente inversas ao nosso modo de ser. Ao longo da vida, amamos pessoas, temos desentendimentos, atritos, convivemos com o ódio, com competições, temos vitórias e derrotas, situações muitas vezes influenciadas por essas paralelas. As paralelas boas eu chamo de anjos, pessoas que somam em nossas vidas. Tive tantas. Adoro a sintonia que esses anjos têm com a gente. As paralelas ruins, peço a Deus por elas, que elas fiquem boas, para lá longe no infinito, quando a gente se cruzar, podermos nos abraçar como linhas convergentes, embora divergentes no modo de pensar.
Eu tenho o dom de juntar as paralelas. Existe um lugar, não no longínquo universo, mas sim dentro de seu próprio peito, onde residem, o bem querer, a boa vontade, a boa intenção, onde as paralelas se encontram.
As peças de um quebra-cabeça se encaixam, não por serem iguais, e sim por serem inversamente proporcionais. Na minha teoria particular sobre a existência, infinito é o coração da gente.