ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A SAGA DA FADINHA E O BRUXINHO - REDESCOBRINDO O AMOR


( imagem google )

A Fadinha começou a se mostrar  afastada, desligada, às vezes estressada, e até desinteressada. Não bastasse agora três filhos, cismou de fazer novos cursos na escola de magia, o que lhe tomava boas horas do dia, além do mais, quando o Bruxinho  estava em viagens em missões, apesar de ter os duendes, os elfos, gnomos e outros guardas, ela era a principal responsável pela vigília astral do reino, afinal, era um reino muito cobiçado por bruxos  que gostariam de se apoderar do lugar. Isso incomodava o Bruxinho. O que seria agora? Não havia mais sonhos proibidos, nada a desconfiar, mas a mudança de comportamento o entristecia, e se fazia muitas perguntas:  “Será que ela não me ama mais e não quer dizer? Será que por eu viajar muito, o amor  está acabando? Mas eu não tenho culpa, viajo pelo bem do reino, trazendo coisas boas para cá,  e ajudando também outros reinos. Será que não  estou mais romântico? Ora, estou sim, todos os dias eu falo que ela é linda, que a amo. É... e quando falo, ela desconversa. É fato, é ela que está com algum problema e não quer falar. Talvez não me ame mais mesmo, e se isso for verdade, vou embora, vou até pedir ao Grande Mestre, se tem jeito  de me tirar os poderes, e vou ser homem comum do mundo real, pois não vou suportar ficar aqui sem o amor da Fadinha. Mas antes, preciso falar com ela.” Ele tentou, mas a Fadinha não estava receptiva, justificou com meias palavras:  “Você sabe que ando sem tempo, tenho muitos afazeres”. Ele insistiu:  “Nunca lhe proibi de fazer nada... mas,  é necessário mesmo você estar na escola de magia? Magia que eu mesmo posso lhe ensinar, pois você já sabe quase tudo”. Ela retrucou:  “Você está sendo um egoísta.  Não vou abandonar a escola, lá fiz várias amizades e distraio  um pouco minha  cabeça. Esse assunto  está encerrado”. Antes de sair,  ele disse triste:  “Você não era assim... intolerante, sem diálogo. Desconheço minha Fadinha. Vou dar uma volta”. E o Bruxinho foi para a beira de um grande lago, muitas milhas afastado dali. No outro dia foi de novo... de novo... e de novo... seguidamente. Lá ele ficava remoendo, pensativo, às vezes até adormecia. Até que num desses dias, uma voz feminina interrompeu o silêncio do lago:  “Olá, vejo que tem vindo muito aqui”. Ele se virou e viu uma linda e encantadora  Fada, e depois de contemplar sua beleza por instantes, respondeu:  “É, venho. Venho pensar na vida”. Ela se sentou na rocha ao lado:  “Parece-me um tanto quanto triste, Bruxinho”. Ele perguntou: “Como sabe  que sou um Bruxinho?”.  Ela sorriu: “Ora, eu também sou uma Fada e também tenho o dom de ver... só não consigo ver porque anda triste”. Ele disse:  “Coisas do coração. Tenho vários poderes, mas não sei lidar com o amor... ou melhor como perder, ou não perder um amor”. Ela que parecia também encantada com ele, se ofereceu:  “Bem, já é quase noite, tenho que ir. Eu venho aqui todos os dias, posso lhe fazer companhia, até que passe sua dor”. Ele agradeceu:  “Claro que sim, você me pareceu muito agradável”. E assim,  os encontros foram se repetindo e ficando cada vez mais envolvidos, o Bruxinho já não reclamava mais com a Fadinha, mal se falavam, só entrava e saía com pressa, ela até estranhou, mas não se importou muito. E assim...  à beira do lago, quase o amor. A nova Fada sabia provocar aquele coração carente:  “Bruxinho, nos conhecemos aqui, e parece que aqui, começou um sentimento entre a gente, já não consigo  parar de pensar em você. Quero algo mais”. No último instante, ele tocou o rosto dela: “Não nego que também sinto sua falta, quase não resisto a você, mas... já  tenho minha Fadinha”. Ela insistiu:  “Fadinha? Que não se importa com você? Que se perdeu em vaidades, deixando um  Bruxinho lindo de lado?”. Tentou  beijá-lo, ele tirou a boca: “Desculpe-me, não consigo”. E saiu correndo... correndo para seu lar. Lá estava a Fadinha chorando, e antes que ele dissesse algo, ela foi quem disse:  “Não fale nada. Eu te amo, meu Bruxinho. Reconheço que errei,  repensei tudo, e serei de novo a sua Fadinha delicada e apaixonada”. Ele não disse nada, apenas beijou-a como se fosse a primeira vez. Numa pausa, ele disse:  “Que tal fazermos uma  viagem, uma nova lua de mel?”. Os olhos dela pareciam duas pepitas de tão brilhantes:  “Uauuuu! Sintonia pura! Eu também pensei nisso, meu amado”. E assim, eles foram ter uma nova lua de mel. Onde? Exatamente na lua... a lua como leito, e  testemunhas, somente as estrelas.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

RECITANDO - MIMOS DE DEUS

Tão linda é a cachoeira
exibindo sua cabeleira
inundando de beleza meu olhar.
Como não admirar?

Tão graciosas as borboletas
de mil cores e facetas
bailando sobre os jardins
namorando os afins.
E eu estou muito afim...
de ver o sol, de ser o sol  rodeando o girassol
de soltar o passarinho que há em mim.
Eu tenho asas
quero morar na casa daquele anjo querubim.

Ah! A noite!
A lua e as estrelas, adornos noturnos
numa perfeita parceria, dançam em sintonia
e me fazem esquecer pesadelos diurnos.
E eu faço uma poesia.
Não, não faço. Apenas retrato, desenho um retrato, 
repasso para o papel
a poesia pronta que vem do céu. 
A cachoeira, o sol, a lua, o poeta e a borboleta...
mimos que Deus fez para enfeitar o planeta.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

A SAGA DA FADINHA E O BRUXINHO - MAIS UM BEBÊ

( imagem  zazzle.com.br )

O  Bruxinho estava espanando a poeira de seus livros mágicos na estante quando a Fadinha veio:  “Ah, não! Não é possível uma coisa dessas!”.  Ele murmurou:  “Ai, ai... TPM de novo”. Ela ouviu,  e meio que brigou:  “Olha o respeito. Não é não. E se fosse?”.  Puxou-o pelo braço até o sofá:  “Ai, Bruxinho!  Estou grávida de novo... já estava desconfiada desde que minha magia interrompeu”. Calma, o autor explica rs rs. Dizem que quando as Fadinhas engravidam, sua magia é interrompida, elas  não podem fazer mágicas. Ele disse:  “Bem, Fadinha, eu sei que você só queria dois filhos, que já temos, mas não posso negar que estou feliz”. Ele entendeu:  “Eu sei, meu querido Bruxinho. Mesmo não tendo programado, vai ser bem-vindo. Vamos esperar. Esse Bruxinho está forte, hein?”, completou rindo. Ele riu também: “Já pensou se nascerem outros gêmeos?”. Agora ela brigou( ô Fadinha brigona):  “Vire essa boca pra lá! Que hora pra fazer piadinhas sem graça!”. A notícia correu por todo o Reino da Poesia, todos ficaram maravilhados, os duendes, os gnomos, guelfos, os bichos, assim os meses foram passando e o comentário era um só... a mais linda grávida de todo o reino.

Finalmente chegou o dia do nascimento, um lindo menino que se chamaria Jansen, o irmãozinho de  Charlotte e Peter , o casalzinho  de gêmeos que cresciam em graça e agora tinham sete aninhos.  Naturalmente, todas as atenções, ou quase todo o tempo era dedicado ao novo bebê, e isso refletiu entre os irmãozinhos. Peter e Charlotte ficaram diferentes. Peter  ficou  rebelde na escola, brigava com os coleguinhas. Charlotte abandonou as bonecas,  trancava-se no quarto o dia todo, e quando saía, tinha o rosto lambuzado de maquiagem. Pior que isso, pararam de se alimentar, não gostavam mais de banho, respondiam mal ao Bruxinho e à Fadinha, estavam sempre arredios e de nariz torcido. A Fadinha estava em recuperação, não podia fazer muito, restou ao Bruxinho entender o porquê de estarem assim. Certa noite, pé ante pé, entrou no quarto de Peter, e o ouviu chorando. A mesma coisa no quarto de Charlotte. No dia seguinte, reuniu os dois após o café da manhã. Disse:  “Peter e  Charlotte, queridos filhos. Até hoje somos uma família feliz... mas de repente vocês dois ficaram agressivos, tristes, estranhos. O que está havendo? Por que não falam o que tem de errado? Se não disserem como posso ajudar vocês? Deviam estar felizes, ganharam um irmãozinho. E o maior absurdo, já se passou um mês,  e nem o viram ainda”.  Finalmente, Peter tomou coragem:  “É por isso mesmo. Felizes? Ele tomou o nosso lugar”. Charlotte emendou:  “Mamãe, nunca mais falou comigo, desde que a barriga dela cresceu, não é mais minha amiga”. O Bruxinho pôs  a mão nos dois:  “Que lindos! Estão com ciúmes... mas estão enganados.  Mamãe e papai jamais abandonará vocês dois, ou vão  preferir o outro filho. Precisam entender que há um bebezinho, irmão de vocês, muito mais frágil que vocês dois, e que precisa de nós todos cuidando dele. Vocês já foram bebês também, e receberam o mesmo carinho, por isso cresceram lindos assim. Vamos... venham nos ajudar a cuidar de nosso bebê. E digo mais... a mamãe  anda tristinha por estarem agindo assim, por isso ainda não se recuperou direito, vai  fazer um bem danado  vocês entrarem pela porta do quarto dela”. Peter perguntou:  “Como ele é,  papai?”. O Bruxinho olhou para os dois, e  disse:  “Tem os olhos profundos de Charlotte... e a boca de Peter . Ele reuniu a beleza de vocês dois, eis aí mais um motivo pra vocês o amarem. Ele é vocês dois reunidos”.  Os irmãozinhos se entreolharam e disseram juntos:  “Vamos?”. Correram até o quarto, abraçaram a mamãe Fadinha, e depois se deslumbraram com o irmãozinho, que parecia entender  o que ocorria, e sorria também. O Bruxinho parado na porta, fotografava aquela cena magnífica, não com nenhuma máquina, mas com a retina de seus olhos marejados, para armazenar para sempre no coração. A Fadinha, de lá falou igualmente emocionada:  “ Você conseguiu. Você  é demais, meu querido Bruxinho. Só você mesmo para me proporcionar isso. Venha... junte-se a nós!”.  “ Claro que vou!”. E  misturou-se a  eles na enorme cama que transbordava de amor... ou melhor, naquela cama onde nasceu todo aquele amor.



domingo, 20 de outubro de 2013

EU TENHO UMA ÁRVORE


(  IMAGEM artesdelaurav.wordpress.com )

Eu tenho uma árvore que cuida de mim.
Debaixo dessa sombra, nada me assombra.
Seus galhos são os braços que me envolvem,
me absolvem de qualquer coisa ruim.
As folhas são os amigos que fiz
Que me leem, que me veem, que me creem 
e isso me faz feliz.
Tantos frutos tirei.
Amor só quero um,
mas que seja além do comum.
Nesse tronco namorar, um coração desenhar.
Desilusões, podei.
Emoções,  colhi aos cachos,
quanto mais eu colho, mais eu acho.
Que ela cresça, floresça no dia a dia.
O nome de minha árvore...
é poesia.

sábado, 19 de outubro de 2013

VINÍCIUS, DRUMMOND E EU


“ Poucos brasileiros encarnam tão bem a imagem padrão que se tem de um poeta quanto Vinicius de Moraes.
Nove casamentos, outras tantas paixões arrebatadoras, boêmia irrefreável e fome sem limite pela vida --contrabalançada por uma melancolia que só os mais próximos sabiam reconhecer-- compuseram os 66 anos de vida intensa do escritor, compositor, diplomata, dramaturgo e jornalista.
"Foi o único de nós que teve a vida de poeta", sintetizou Carlos Drummond de Andrade. O mineiro tímido falava com admiração (e um tantinho de inveja) da "independência de espírito" do colega. E parece ser este, curiosamente, o nó central da recepção acadêmica da obra literária de Vinicius: teria ele gastado muito de sua poesia na própria vida e pouco nos livros? ”. ( texto  retirado do JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO- UOL )
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Bem, diante disso, não preciso mais tentar explicar ( na minha visão) o que é ser poeta na essência da palavra,  ou por quê sou poeta. Drummond já disse por mim. Há bastante tempo li essa frase do grande, singular e  único, Carlos Drummond de Andrade ( uma de minhas referências literárias)  sobre Vinícius de Moraes, e modestamente, guardadas as devidas proporções, me vi dentro dela... afinal, eu também vivo a vida de poeta na acepção mais profunda da palavra.

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OPINIÃO DO BLOGGER: Dois grandes nomes de nossa literatura citados nessa reportagem. Tanto Vinícius quanto Drummond  não se importavam muito com a ideia de ingressarem na  ABL, simplesmente viveram  a sua poesia. Drummond chegou até a recusar a cadeira, nem por isso deixaram de ser muito admirados, porque as obras são maiores do que qualquer posição, pleiteada ou não. As obras falam por si. E eu não consigo ver a poesia numa disputa, vejo a poesia livre, admirada, acolhida, solta no ar, se instaurando nas pessoas  de forma espontânea... porque é para isso que a poesia nasceu.

sábado, 12 de outubro de 2013

FELIZ DIA DAS CRIANÇAS



Tivéssemos mantido o espírito infantil, o mundo estaria mais brando.
FELIZ DIA DAS CRIANÇAS... às crianças na idade que são os pequeninos, e àqueles que ainda sabem ser... no espírito.


( O MENINO FAZ ARTE  PORQUE A VIDA ESTÁ EM TODA PARTE - CARLOS SOARES )