ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

sábado, 28 de janeiro de 2012

OLHOS DE POETA



Tantas coisas acontecem
quando o rio encontra o mar
ambos se oferecem
e enriquecem meu olhar.
Tantas coisas acontecem
quando o sol diz à lua "é sua vez"
de iluminar os mortais
seguindo diariamente os rituais
do relógio que Deus fez.
Tantas coisas acontecem
numa flor que abre, num vulcão que explode
num terremoto que sacode.
Tantas coisas acontecem
quando um passarinho suga a flor
os dois se merecem nessa troca de amor.
Tantas coisas acontecem quando uma estrela cai
quando passa um cometa
quando um casulo vira borboleta
e pelo mundo ela vai.
Tudo isso merece mil versos.
É assim que aos olhos do poeta a vida passa,
contemplando as maravilhas que o universo
todos os dias nos dá de graça.
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Tantas coisas acontecem dentro de mim quando faço uma poesia

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

O POETA E A BARATA


(imagem fodecast.com.br)
Vocês pensam que só mulher tem medo de barata? Engano total. Eu também tenho e não sinto vergonha de falar, eu tinha um amigo que morria de medo de galinha. No meu caso não é exatamente medo, sinto repulsa, nojo a ponto de vomitar, não chamem pro mesmo recinto “Carlos e barata”, pois ela fica e eu saio. Se pousar em mim então... quase morro, passo mil desinfetantes no local. Quando era novo, rasguei uma camisa porque uma veio voando e entrou. De vez em quando eu mato uma, viro o rosto e disparo inseticida, jamais esmago, aí mesmo que meu estômago vira. Depois eu varro sem olhar para ela. É dose, viu? Já dormi sem banho porque tinha uma barata no banheiro, acordei de madrugada todo suado, fui lá, ela não estava, aí tomei banho. Essa aconteceu há poucos dias. Eu sempre ponho o prato na mesa, vou comendo vendo TV. De repente, quem eu vejo do outro lado damesa olhando pra mim, bem de frente? Uma baratona feiosa, enorme, mexendo as antenonas, como se fosse uma convidada pro jantar. . “Ai, meu Deus, e agora? Se eu me levantar bruscamente, ela pode voar pra cima de mim. Ficar quieto também não posso, como vou jantar com esse bicho feio me olhando?”. Foram vários minutos tensos. Dei umas sopradinhas no rumo dela pra ver se ela saía, o máximo que minha visitante indesejável fez, foi dar uma viradinha de lado, mas voltou à posição normal, me encarando. Tomei coragem e observei melhor a danada. Estava gordinha, parecia grávida, isso me deu ainda mais nojo, coloquei até a mão na boca como se fosse vomitar. Falei para ela. “Vai embora, poxa, me deixa em paz”. Parece que ela respondeu. “Vou não, vou ficar aqui pra te aporrinhar”. E as antenas não paravam, depois foram as perninhas cabeludas passando uma na outra. Falei de novo. “Se você não for, vou ter que pegar inseticida e eu não quero fazer isso. Vai embora, vai”. Ela deu um passo à frente. Pensei. “Pronto, ela vai encarar. Agora é ela ou eu”. Olhei pra cima do armário e não vi o inseticida, lembrei que tinha acabado. Minha ideia era me levantar bem devagar, mas meu pé se enroscou no fio do notebook, eu quase caí, ainda bem que não, pois se caísse ia levar junto prato, copo, celular e notebook. A barata também se assustou e voou passando sobre minha cabeça, só faltou eu gritar ”mamãe”. Ela ficou pra lá e pra cá, pousava aqui, pousava lá e eu encurralado no canto, branco de pavor. Foi aí que pensei, ela queria sair. Corri abri a janela e toquei-a c om a toalha e ela voou pra longe, espero que seja pra nunca mais. Falei comigo mesmo. “Vai, minha filha, vai ser feliz e me deixe em paz”.