ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

NO OLHO DO FURACÃO


( imagem fiocruz.br )
Ando meio assim...
Como a palmeira
oscilando entre os ventos da razão e da emoção
na consciência de estar fincado à minha raiz.
Só assim sou feliz.
Como folha seca que se finge indecisa
e vai aonde quer
gosto de estar aqui, ali, acolá, obedecendo sim à brisa
mas pronto para o que der e vier.
Se ela se torna furacão
não me importo, assim também é meu coração
Entre os réus do amor sou inocente
também não quero julgar.
Eu sou um balão, sou pipa no ar
sou Fênix reluzente,
não nasci para o solo.
Sou menino renitente,
sou adulto pedindo colo.
Em dias claros sou pássaro atrevido,
em noites escuras sou vagalume escondido
que escolhe quando brilhar.
Talvez não muito compreendido,
isso às vezes dói um pouco,
mas trago no peito um grito rouco
que não me permite calar.


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

GAIOLA QUEBRADA


(imagem gettyimages.com / google
Sabiá cantava tanto,
mas eu não sabia que sabiá chorava em forma de canto.
E fui um dia saber:
-Por que canta triste, menina?
Seu choro me desatina.
Assim respondeu sabiá:
- Gosto de você e só tenho uma queixa;
quero ver outros mundos, mas a gaiola não deixa.
Com o coração partido, mas justo, num último abraço,concordei:
- Vá sentir novos ares,cruzar horizontes
beber de outras fontes.
A gaiola ficará aberta e vazia,
para que volte um dia .
A sensação de perda batia em mim,
mas tinha de ser assim.
Era um teste para mim mesmo e para ela.
Passei longos dias na janela
esperando-a voltar...mas nada de sabiá.
Até que um beija-flor me aconselhou:
- Fique triste não! Se não voltou é porque nunca foi sua
e talvez já pertença a alguém.
Então quebrei a gaiola pra nunca mais prender ninguém.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

HOJE EU VOU SAIR NU

Hoje quero sair despido...
de preconceitos e outros defeitos.
De medos, de segredos
De culpas e desculpas.
De egoísmo.
Quero sair despido...
De armas, de carmas, de revanchismo.
Quero andar pela rua de alma nua.
Sentir na pele o vento anunciando um novo tempo...
tempo de se despir...
de maldades, das más vontades.
de amargas saudades.
Hoje quero sair despido
de tesouros, de maus agouros
sorrir pra toda gente
de modo espalhafatoso
dar à vida novo sentido e nova razão
quero tudo diferente
se o mundo for teimoso
vou andar na contramão.
O amor é minha luz
Meu desejo é olhar para trás
e ver todos nus
para fazerem jus
e assim vestirem a vestimenta da paz.

domingo, 14 de agosto de 2011

CERTEZAS DE FILHO


És meu aconchego, meu sossego, meu apego.
Estás no castigo e no conselho.
És meu melhor amigo, és meu espelho.
Ainda que meu caminhar seja torto,
és meu conforto, meu seguro,
pois falas de fé, falas de amor
Na estrada para o futuro, és meu condutor.
Meu norte, meu oriente, meu forte, minha semente.
Ilumino-me no brilho de tua face.
A gente nasce, a vida floresce, a gente cresce
E pelo mundo a gente vai,
mas jamais a gente esquece
do amor que recebe do pai.
CARLOS SOARES DE OLIVEIRA

domingo, 7 de agosto de 2011

VOCÊ JÁ SENTIU DEUS HOJE?


VOCÊ JÁ SENTIU DEUS HOJE?
LIVRO 1REIS 19,9ª.11-13-a

“Naqueles dias , ao chegar a Horeb, o monte de Deus, o profeta Elias entrou numa gruta, onde passou a noite. E eis que a palavra do Senhor lhe foi dirigida nesses termos: “Sai e permanece sobre o monte diante do Senhor porque o Senhor vai passar”. Antes do Senhor porém, veio um vento impetuoso e forte, que desfazia as montanhas e quebrava os rochedos. Mas o Senhor não estava no vento. Depois houve um terremoto. Mas o Senhor não estava no terremoto. Passado o terremoto, veio um fogo. E depois do fogo, ouviu-se o murmúrio de uma leve brisa. Ouvindo isso, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da gruta”.
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Quem quiser copiar esteja à vontade, o “Autor” não processa ninguém por plágio, pelo contrário, Ele quer mais que sua palavra seja divulgada. O livro é o maior best seller da História e chama-se BÍBLIA.

sábado, 6 de agosto de 2011

HOMENAGENS DE HOJE - CLAUDETE E MARLY BASTOS




Claudete do blog VIAS PERCORRIDAS, faz uma mistura bem bolada de poesia e didática. Tem belíssimos e tocantes poemas que às vezes leio até duas vezes. Tem também textos inteligentíssimos que falam de psicologia, filosofia e causas sociais e políticas. Está sempre nos alertando para algo atual e importante que muitas vezes nos passam despercebidos no dia a dia. Nem preciso dizer da boa companheira que ela é, todos os blogueiros dirão por mim. Um dos momentos mais legais que tive no blog foi quando fez uma homenagem bem legal para mim, eu, num blog tão diferenciado como o dela, foi pura alegria. Claudete, um grande abraço e obrigado por sua amizade.

Marly Bastos, essa é fera. A gente se diverte muito, disputando quem é o mais modesto da blogosfera. Entende como ninguém quando brinco sobre beleza e vem junto na brincadeira. Amorosa, delicada com todos, mas mais uma vez, modesto que sou, sinto que tem uma aproximação mais amiga e carinhosa comigo. Marly é de poucas palavras, mas as pronuncia nas horas certas. Tem poemas e textos contundentes típicos de mulher moderna e independente. Correta, gentil, sensível, mas também muito séria sem deixar de ser divertida. E só agora reparei direitinho que ela também é bochechudinha da mamãe. Pôxa, Marly até nisso? Não sei falar muito de Marly Bastos, só que sinto prazer enorme em tê-la entre meus amigos.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

HOMENAGEM ANNE LIERI



Anne Lieri, certa vez viu um texto meu, se não me engano “Como se faz um país?”, onde conto uma passagem importante na minha vida e aproveito para exaltar as professoras. Minha relação com professoras, até mesmo já adulto sempre foi muito forte e próxima, alías com professores (homens) também, mas com elas foi ainda mais, me passavam algo maternal. Ela perguntou se podia utilizar para aplicar nos ensinamentos com seus alunos. Fiquei envaidecido. Pensei: Poxa, uma educadora usando um texto meu? O benefício é só meu. Claro que pode”. Depois disso fui acompanhando de perto o trabalho dela e pude constatar sua preocupação com a cultura ,e claro, com as crianças principalmente. Com ose faz um país? Vou copiar de um de meus ícones da literatura: Monteiro Lobato. “Um país se faz com homens e livros”... e com professoras. Anne Lieri, sinta-se abraçada.

terça-feira, 2 de agosto de 2011



Dupla homenagem hoje. Primeiro, Evanir do blog aviagem1.blogspot.com. Justa por dois motivos. Homenageia a tanta gente n oseu blog fazendo uma interação BRASIL/ PORTUGAL, acho legal isso. Eu mesmo já fui homenageado lá. E o principal, esse slide aí do lado divulgando meu livro, ela fez em parceria com a filha. E o mais bonito, foi espontâneo, eu nem sabia, quando vi a imagem no seu blog fiquei muito surpreso e emocionado. Ainda existem pessoas que fazem o bem espontaneamente e sem olhar a quem. Definitivamente, esse mundo tem jeito.
A outra pessoa homenageada é Everson Russo, o Poeta da Lua. Esse apelido carinhoso foi dado por mim. Todos os poetas namoram a lua, todos já fizeram versos para a lua e todos que os que vão nascer também farão. A lua é um tema sem fim. Só que o Everson tem algo especial com a lua, é como se ela fosse coautora dos belos poemas dele, uma parceira dele. Fala com ela, como se ela o ouvisse, eu até fico imaginando a cena: Ele falando e ela prestando atenção. Não é fácil falar com a lua, ou da lua ,sem ser repetitivo... e ele consegue. Só os bons podem. Por isso, não tinha outro apelido mais apropriado. Além disso tudo é homem correto, amigo fiel, sempre atento e preocupado com a turma do blog. Eu mesmo recebi emails dele de apoio em momentos que esquentei a cabeça, também sou prova de outras campanhas que ele sempre começou em prol de um ou outro amigo blogueiro. Estou lendo seu livro, estou quase no finalzinho, não que eu seja lento para ler, é que acabo voltando atrá para reler algumas. O livro é ótimo e eu recomendo. Graças a Deus, O Brasil ainda tem cultura. O LIVRO DOS DIAS DOIS: Eu recomendo. Amizade do Everson Russo: Eu recomendo

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

MAIS UMA HOMENAGEM


( imagem funscrape.com)
Bem, iniciei uma semana de algumas homenagens. Ai,ai, difícil homenagear a cada um, mas quero dizer que todos são amigos igualmente. Passei e tenho passado muitas emoções desde o dia 7 quando do lançamento do livro, recebi com alegria todas as manifestações de apoio e carinho. Portanto, quem não tiver seu nome citado aqui, não se sinta preterido, a minha consideração é a mesma com todos.
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RIMAS E CURVAS

Delineia curvas em forma de versos
num sensual universo.
Aguça a imaginação, é pura vibração.
Fala de amor com muita propriedade
a inspiração invade todo o lugar
palavras dançam nos chamando também a bailar.
Faz poesia com maestria
iluminando mais um dia na blogosfera
no que escreve é leal, é sincera
é coragem
a poesia é seu espelho.
Eis minha singela homenagem
à poeta SANDRA BOTELHO.
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Um abração, Sandra, continue nos escrevendo suas pérolas

CÉU DE POETA


Céu de brigadeiro é uma expressão muito usada na aviação para definir um céu perfeito, azul, sem nuvens, permitindo assim um voo tranquilo às aeronaves. Ao mesmo tempo homenageia com muito mérito, a patente maior da aviação militar, que é o brigadeiro. Num resumo rápido, a expressão quer dizer que um brigadeiro merece um céu lindo.
Foi aí que pensei deitado no sofá da sala “tentando” ver tv. Tentando sim, porque a tv não tinha nada. Aliás, tinha, mas nada compatível com meus anseios. Eram umas 20:00h. Telejornais repetiam notícias de dias e meses anteriores, ou até mesmo de décadas: o cara matou a ex-mulher, guerras, polícia, bandido e milícia se confundindo em tiroteio no Rio, roubalheira em Brasília, pedofilia, cracolândia, copa do mundo no Brasil, o galã vai casar, a atriz gostosona que se casou mês passado já separou, o outro pulou do vigésimo andar, rainha disso, rei daquilo, crise nos EUA, aids, apartheids. Notícia cultural não vi nenhuma. Que salada indigesta! Mas tudo dentro do “normal”.
Minhas perguntas eram: “E o céu de poeta, como seria? Que céu um poeta merece? Ou que céu ele visualiza com o dom de seus olhos?”.
Então já sem paciência, num gesto de desdém, sem nem mesmo olhar para a tv, apertei o botão do controle remoto, andando, joguei-o sobre o sofá e subi ao terraço, depois de passar na geladeira e pegar uma boa garrafa de vinho e um pouco de gelo. Ah, minha rede! Lá estava ela, aconchegante, doidinha para me abraçar. Moro num bairro comum, popular, mas por sorte com uma visão incrivelmente privilegiada. Minha casa dá de frente para uma serra de 1.123 metros, que fica a sete kms, então fica enorme aos meus olhos e é justamente onde a lua nasce. Não fui direto para a rede. Um certo visual pediu minha atenção. Encostei na paredinha e fiquei contemplando enquanto saboreava o vinho. Que lua redonda! Enorme e dourada! Estava um pouco acima da serra fazendo nela um clarão enorme. Exatamente acima do topo, raios desciam como se estivessem chuveirando a montanha . Estava tão claro, tão límpido que podia facilmente observar a silhueta da serra gigante. Ao fundo, bem distante, uma estrela solitária, diferente das demais. As simpáticas Três Marias. E o imponente e místico Cruzeiro do Sul apontando sul e norte. Outras estrelas, tantas, coadjuvantes daquele cenário, cintilavam, parecendo me dizer: “Eis a sua resposta. Esse é o céu de um poeta”. Coisas que a parabólica não pode captar... mas os olhos do poeta, sim. Os olhos que tudo veem. Os olhos da simplicidade. Um grande pensador já disse: “Onde a ciência pensa em chegar, o poeta já viajou por lá”.
Noite fria, corri para a rede e envolvi-me nela, pois agora podia ver a lua deitado, pela altura em que ela já estava. O vinho já estava no meio. Mais um gole. Mais uns para dizer a verdade.
Um terraço. Uma rede. Uma garrafa de vinho. Uma noite enluarada salpicada de estrelas. Muita tentação para um poeta.