ESCREVER É DIVINO!

ESCREVER É DIVINO!
BONS TEMPOS EM QUE A GENTE PODIA VOAR. ERA MUITO BOM SER PASSARINHO.

CAMINHOS DE UM POETA

CAMINHOS DE UM POETA
Como é bom, rejuvenescedor e incentivador para o poeta, poder olhar para trás e ver toda a sua caminhada literária, lembrar das dificuldades, dos incentivos e da falta deles, da solidão de ser poeta e do diferencial que é ser poeta. Olhar para trás e ver tudo que semeou, ver uma estrada florida de poesias, e dizer: VALEU A PENA! O poeta vai vivendo, ponteando, oscilando, e nem se dá conta da bela estrada que escreveu. Talvez ele não tenha tempo porque o horizonte o chama, e o seu norte é... escrever... escrever... escrever. Olho hoje para trás... não foi fácil, mas também ninguém disse que seria. E eu sabia que não seria, ser poeta não é fácil, embora seja lindo. Contemplo a estrada que eu fiz, e digo com orgulho quase narcisista: Puxa... como é linda minha estrada!

domingo, 31 de julho de 2011

HOMENAGEM


( imagem google )
Essa é uma homenagem dupla à minha amiga muito especial, IRLENE dos blogs...(leneteixeira.blogspot.com e coracoes.blogspot.com)

A BORBOLETA AZUL
Depois de uma noite insone
deitado em meu divã
mal veria chegar a manhã
não fosse a borboleta azul.
Pousou em minha janela, invadiu meu lugar
nessa doce invasão me chamou pra brincar
me convidou a dançar no horizonte azul,
a ver a vida lá fora a todo vapor.
Me chamou de amigo, me falou de amor.
me chamou de anjo, de menino, de querubim
e eu disse: quero sim.
A borboleta azul sorriu para mim. A borboleta azul gostou de mim.
No nosso passeio por aí
disse-me que não posso desistir.
- 'Põe uma coisa em seu coração, menino. E também em sua mente.
Sorrir e chorar, fazem parte do destino.
Impossível sorrir sempre,
mas é bobagem chorar eternamente'.
Propositalmente agora, a cada dia que nasce
deixo aberta minha janela, esperando a visita dela, a borboleta azul
para azular minha aurora
que pouse em minha face e me leve de novo a viver um sonho azul.
Pois sou assim, facilmente fico feliz
se me chamam de menino, de querubim... quero bis
quero sim.
//////////////////////////

UM SOM PARA O MEU CORAÇÃO
Eu quero um som para o meu coração.
Que me amanse, para que eu alcance
a plenitude da mais pura emoção.
Não quero farpas,
Quero a paz dos campos, chamar de amigos os pirilampos
quero som de harpas embalando meu sono.
Não quero buzinas, quero uma voz de menina
que sussurra, me alucina
e me tira do abandono.
Passarinhos na janela
me cantando que a vida é bela.
Não quero ira.
Quero toques de lira embalando cânticos
Quero dançar nas notas de violinos românticos.
Ah, quero nessa vida, só harmonia.
Se houver sinfonia quero a nona de Beethoven.
Tcham, tcham, tcham, tcham
e vem mais uma emoção
meu íntimo guarda tudo
que meus ouvidos ouvem,
por isso quero ouvir algo bom
pode ser em qualquer tom, mas que toque meu coração.
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OBRIGADO, IRLENE. Você é uma grande amiga!! Deus lhe abençoe!!!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O DIVÃ DO AMOR- UM DIVÃ PARA DOIS ( PARTE FINAL)


( Imagem arquivo pessoal - UM DIA DE NARCISO )

Foi um processo lento, passaram-se uns meses, ocorreram dezenas de sessões de terapia, mas Sandra aos poucos foi se soltando, se recuperando de um baque até então considerado por si como insuperável, tanto que Doutor Carlos comentou. “Tenho notado sua evolução, ainda faltam alguns detalhes, mas estou muito feliz com o resultado até aqui. Não vamos pular degraus, é passo a passo. O importante você conseguiu, devolver a si mesma a autoconfiança. Sandra não sabia por quê, mas sentia muita segurança ao lado dele. Quando ficava sozinha ainda sentia vazios, melancolias, quedas de humor, mas ela mesma sabia que havia melhorado, pensava sempre na voz meiga e rouca do doutor, dizendo palavras de incentivo o tempo todo e não se permitia mais chorar. O médico amigo devolveu-lhe uma centelha de vida. Quase sempre era a última cliente, gostava disso, pois as sessões invariavelmente se alongavam e nem percebiam. Numa dessas, doutor Carlos olhou o relógio na parede. “Puxa vida, já são 20:00h”. Ainda brincou. “Meu estômago gritou que já é tarde. Aceita jantar comigo?”. Tímida no olhar, mas meio saltitante por dentro, respondeu. “Mas assim... de repente, sem tomar um banho?”. Dando-lhe a mão para erguê-la do divã, convenceu-a. “Não faça cerimônias. Fosse um jantar programado tudo bem, mas estamos aqui agora, os dois com fome e estou lhe convidando para jantar. Lembre-se, não faz parte da sessão de terapia, mas de experiência pessoal, as melhores coisas são as de improviso, pois nos pegam tal qual somos e estamos. A não ser que minha presença não lhe agrade”. Ela sorriu, ainda tímida. “Ora, sua presença me faz muito bem. Pronto, aceito”. O jantar ainda foi meio profissional, vez ou outra uma pergunta particular em alguns momentos de descontração. Mais algumas sessões e o doutor investiu. “Amanhã não tem sessão, mas podemos jantar de novo”. Sandra sentiu a vida cada vez mais aflorar dentro de si, há tantos anos não jantava com um homem. Ainda tinha um pouco de receio, mas alguma coisa gritava dento de si: 'VAI! VAI!'. Chegou a chorar nos ombros dele que carinhosamente a acolheu. “Ora, que é isso? Não quero ver mais esses olhos chorarem. É só um jantar. Podemos deixar para outro dia se quiser”. Ela se recompôs. “Não, eu quero. Pode me pegar amanhã às 20:00h”. Pela primeira vez doutor Carlos levou-a em casa. Na noite seguinte, Sandra estava linda, um longo vestido vermelho delineando seu belo corpo, uma flor no cabelo. Era sinal de autoestima elevada. Foram a um restaurante dançante e se divertiram muito, mais que isso, se conheceram melhor. Não eram mais médico e paciente, eram homem e mulher. Na mesa, ela se encorajou. “Você tem uns quarenta e poucos anos, ainda é solteiro. Nunca se casou?”. “Fui noivo... abandonado na igreja. E olha que eu não podia pagar um analista. Imagine tudo o que passei para superar. Tudo o que você viveu, eu vivi antes, acho que esse é um ingrediente a mais na minha profissão, eu vivi a experiência. Demorei longos oito anos para me libertar”. Surpresa, ela perguntou. “Como é? Um homem tão bonito, tão íntegro, inteligente, com um futuro belo à frente, abandonado na igreja? Quem é essa louca?”. “Aí que está, Sandra. O amor é um carrasco cego, não seleciona vítimas”. Sandra fez mais uma pergunta. “Quer falar sobre isso?”. De pronto, respondeu. "Não, passado tem que ficar no passado. Olha esse momento lindo que estamos vivendo aqui, é isso que vale. Tome isso como mais uma experiência de vida. Viva o presente, enterre o passado e não especule o futuro. Vamos dançar mais uma?”. A orquestra tocava BESAME MUCHO, mas não se beijaram, apenas sentiram-se um ao outro. Pareciam dois gatos escaldados, ela mais um pouco, mas ele era respeitador. Dias depois, outras sessões, ela já entrava no consultório como se fosse a dona dele. Estava feliz, eufórica. Ele também, seus olhos denunciavam. Deitada no divã ela o esperava olhando-o o tempo todo. Ele aproximou-se, sentou-se na cadeira e perguntou. Como passou esses dias? Dormiu bem?”. Fitou-o por segundos e disse. “Dormi muito mal”. Temendo algum retrocesso, ele ficou preocupado. “Por quê? Algum problema?”. Convicta, ela disse. “Sim. Um problemão. Pensando em você”. Olharam-se... acariciaram-se... e se beijaram. E fizeram amor ali mesmo. Foi a última vez que Sandra Botillo se deitou naquele divã.
Afinal, definitivamente ela reencontrou o amor.

terça-feira, 26 de julho de 2011

DIVÃ DO AMOR - PARTE I


(imagem arquivo pessoal "UM DIA DE NARCISO')

Ela entrou deprimida no consutório, claro, ninguém vai ao analista por estar feliz. Depois da conversa inicial com o médico quando se pergunta os dados básicos, como idade, religião, hobby etc, deitou-se no divã. "Pois bem, o que a aflige? Fale-me de tudo, sem traumas, vergonha, timidez. Está aqui, mais que um analista, um amigo. Fale como se estivesse falando com sua melhor amiga ou amigo", disse o doutor Carlos. Esse doutor Carlos... rs rs... também está em todas, né? A moça suspirou, pensou e começou a se abrir. "Perdi um grande amor há quatro anos e não consigo esquecer. Minha vida desandou, não sei por que ainda tenho emprego, pois ando desinteressada. Nâo saio mais às noites, e se saio, fico entediada, nada me interessa. Choro a qualquer hora do dia e em qualquer lugar. Ando traumatizada com homens, com eles não quero nem amizades. Sei que preciso reagir, mudar de vida, nascer de novo, mas não sei como. Ajude-me doutor". Doutor Carlos . "Sandra... não me esconda nada. Como foi esse rompimento? O que ele exatamente ele lhe fez?". Pausa de segundos. "Ele me fez feliz, me fez mulher,me fez princesa. Eu não andava nas ruas, doutor, eu flutuava. Para mim só existiam ele e eu nesse mundo. Um dia, sem motivo aparente ou justificável, me disse que não me queria mais, que o amor havia acabado e nao o procurasse. Foi áspero comigo como jamais havia sido. Quando tentei interceptá-lo, teve coragem de me empurrar, eu até caí no chão chorando. Caí e não mais me levantei". Mas você fez algo que se lembre para deixá-lo assim? A ponto de não querer nem conversa com uma pessoa que ele dizia amar?". Sandra Botillo respondeu. "Doutor, tudo que fiz foi amá-lo, e ele também parecia amar. Só sei que minha vida não mais andou. Perdi grandes oportunidades na vida depois disso. Pior, não quero mais nada. Só não pensei ainda em suicídio, acho que nem para isso tenho coragem, até porque estou morta de pé". O analista interrompeu. "Jamais repita essa palavra, a esperança tem que estar acima de tudo, nunca é tarde para recomeçar, passe o tempo que passar. O tempo cura tudo, porém mais que isso, o que cura mesmo é o seu amor próprio. O grande erro das pessoas é centralizar numa outra a felicidade, como se a felicidade fosse diretamente condicionada a essa pessoa, se essa pessoa morre ou se vai, a vida acaba. Os amores é como um pássaro. O coração deve ser ninho e não gaiola. Quando é ninho, o passarinho volta, mas quando é gaiola, jamais voltará, pois não estava feliz ali. Passarinho na gaiola, canta é de tristeza. O amor não é uma pessoa, é um sentimento, está dentro de você. Pode-se perder a pessoa, mas não a capacidade de amar. Guarde o amor no seu peito, como uma joia rara, até que alguém o mereça. E você guarde-se para tal momento. Mantenha-se viva, brinque, alimente-se, passeie, trabalhe, brinque, dance, não se permita morrer". A moça só percebeu que segurava a mão do médico quando ele puxou, dizendo. “Volte na quarta-feira no mesmo horário. Tenha bom dia”. “Bom dia”, respondeu, levantou-se e saiu, sentindo-se um pouco aliviada. (CONTINUA)...

sábado, 23 de julho de 2011

SUCESSO 10 X INVEJA 0


( imagem google )
Esse texto completa um comentário que fiz num blog um dia desses. O tema é inveja(coisa chata falar disso logo agora que estou num grande momento), fala de quanto tempo o invejoso perde na vida, que o invejoso é até digno de dó, etc etc. Eu diria que nem é vida, pois nesse caso tem que ser um invejoso contumaz, viciado na inveja para chegar a esse ponto. Tem vários tipos de inveja. As pessoas não têm inveja só de coisas materiais, ou de posição na sociedade. Tem gente que tem inveja de tudo. Inveja porque o outro tem mais amizades, inveja porque o outro chega num lugar e brilha mais por ter carisma, e por aí vai, inveja de todo tipo. Cremos no amor, na paz, em Deus, mas não podemos esquecer que a presença do ódio é muito forte na humanidade, claro, porque deixamos. Até falam em paz praticando guerra, e não falo só de guerra país x país, falo de guerrinhas das pessoas no dia a dia. A inveja é prima irmã do ódio. O ódio tem várias ramificações, como ganância, incompetência, rivalidade, e com certeza a inveja é uma delas, estando entre as principais origens desse sentimento ruim que eu chamo de ferrugem das relações humanas. Por que a inveja vira ódio? Porque a pessoa inveja tanto e quando não consegue alcançar ou ferir o invejado, toma ódio. Falei das várias modalidades de inveja, mas acho que descobri mais uma. É quando uma pessoa caminha junto da outra, "ajudando-a", e quando esta consegue, fica parecendo que não era o desejo daquela pessoa que fosse alcançado o objetivo. É como se a ajuda fosse só pretexto para ter a outra sob custódia, a mercê. E aí, o que esse novo tipo de invejoso faz? Afasta-se, pois o fato de o outro ter conquistado, incomoda, e o grande tesouro que devia uni-los ainda mais, na verdade os separa. Coisa de doido esse texto, não? Não, coisa de seres humanos. Uma vez cheguei a dizer algo que hoje me arrependo. Modéstia à parte, sempre fui muito invejado, nunca tive grandes posses, mas sempre tive sucesso entre as pessoas . Se estou numa roda, roubo a cena, tudo isso com simplicidade,todos querem perguntar algo ao Carlos, todos querem falar com o Carlos. E olhem que não chego cheio de pompa, não gosto de gente metida ou falastrão, mas sei que tenho meu carisma. Sou o que sou na minha própria medida,sem ferir ninguém e as pessoas veem isso. Também sei que não sou a última coca-cola do planeta, pra começar nem é meu refrigerante preferido. Como disse acima, me arrependo de uma coisa que falei. Que gosto de ser invejado, pois a pessoa só tem inveja daquele que lhe é superior. Isso é uma verdade, mas o invejoso é uma pessoa perigosa e isso vira bola de neve, então retiro o que disse, pois tenho medo de gente assim. Completando, tenho pena sim do invejoso, pois é gente que não está no nosso nível, não de sociedade, pouco me lixo pra sociedade, mas nível de excelência humana, de evolução espiritual, a verdadeira evolução, diferente das vendidas nas vitrines ou nas bancas de jornais. Sim, as melhores coisas, não estão nas vitrines, nem nas banca de jornais. E eu odeio FOFOCA!!! Eis mais uma ramificação do ódio: fofoca. Só sei que ando muito feliz por aí, ninguém vai me deixar triste, eu só quero voar através das minhas poesias que são minhas asas, foi para isso que eu nasci. Não tenho tempo de olhar pra baixo, o horizonte fica na frente.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

A ESTRADA DOS SONHOS





Eu vi o menino nascendo.
Eu vi o menino vislumbrando o longo caminho.
Eu vi o menino brincando.
Eu vi o menino sozinho,
eu vi o menino sonhando.
Eu vi o menino sorrindo,
eu vi o menino partindo,
eu vi o menino chorando.
Eu vi o homem renascendo, relendo
refazendo o caminho.
Eu vi o homem sozinho .
Eu vi o homem sonhando.
Eu vi a estrela vindo
eu vi o homem realizando
eu vi o homem sorrindo.
Eu vi o menino e o homem se abraçando,
formaram um poderoso nó
unindo as duas pontas da longa estrada
foi então que percebi, eram um só
pois olhei para trás e vi
que eram as mesmas pegadas.

domingo, 17 de julho de 2011

DVD LANÇAMENTO DE 'O VOO DO BEIJA-FLOR'


Olá,amigos. Um breve dvd com algumas fotos da noite de lançamento. Tem mais fotos que ainda não chegaram, mas não aguentei esperar. Depois ponho mais. Espero que gostem e obrigado por participarem comigo mesmo estando distantes, o que vale é a energia positiva de todos que captei naquele noite única, mágica e inesquecível. vejam como eu estou lindo, não de beleza física, iss eu já sei que sou, mas falo bonito de feliz, tem uma aura linda que algum anjo me emprestou, contornando meu corpo. Eu já vi umas quinhentas vezes,não precisam ver tanto, mas vejam bastante. Um abração geral.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

MOMENTO MÁGICO




( aguardem mais fotos )

Como já disse, por mais que tente, não saberei descrever o evento. Vou tentar. Os minutos que antecederam, foram um misto de expectativa, alegria, emoção e stress. Dirigi por uns dez minutos antes de chegar ao teatro, o carro parecia flutuar pelas largas avenidas. Era como se eu estivesse num grande túnel, enxergando uma luzinha lá no fim. Quando cheguei carregando um punhado de livros, ainda havia pouca gente. Pensei na porta do teatro. “Meu Deus, é hoje o dia. Dê-me forças, controle meu emocional”. Aos poucos, além dos desconhecidos, foram chegando familiares e amigos, alguns até de infância e adolescência. Muito bom vê-los, disseram que outros queriam ir também, mas devido ao trabalho não puderam, mesmo assim eu vi todos ali na minha mente. Primeiro foi a premiação do concurso do ano passado, no qual fiquei em segundo lugar com MIMOS DE DEUS. Recebi ainda duas Menções Honrosas com CARLOS E CARLITOS e HOJE EU PRECISO DE UM ANJO. Portanto fui ao palco três vezes para receber esses prêmios. E ainda tive MIMOS DE DEUS, encenada por um excelente ator. Isso foi de arrepiar. Mas nada se compara ao grande momento do meu discurso antes do lançamento e da sessão de autógrafos. Foram três minutos de êxtase, de auge, eu estava no cume do que tanto esperei. Impossível não ficar nervoso num palco onde já pisou muita gente famosa do teatro brasileiro. No início do evento, a coordenadora perguntou se eu tinha preparado algo para falar, e eu gelei, pois não havia preparado nada. Mas pensei. “Comigo tudo tem ser assim. De improviso, espontâneo, das entranhas”. Isso é bom, pois sai mais real, sai exatamente o que está dentro de você naquele momento. E saiu sim, uma explosão de sentimentos. Fui cumprimentado também por muita gente desconhecida, isso me comoveu ainda mais. A sessão de autógrafos foi uma delícia, agora sim, mais descontraído, mas não menos emocionado. Quem estava ali não era o homem Carlos, e sim, o menino Carlos, pois é assim que me sinto quando estou rodeado de gente. Bem, contei alguns detalhes, alguns fatos, mas a magia que envolveu essas duas horas, essa não sei descrever. Resumo assim: Se eu tiver que escolher cinco momentos mágicos de minha vida, com certeza, esse estará no meio deles. E olhem que minha vida toda foi feita de momentos mágicos.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

ÊXTASE


Imagem (coração.bazar.com.br- google )

Essa é a palavra para definir o que vivi no dia 07 de julho. Sinceramente, pela primeira vez não estou conseguindo fazer um texto para contar os detalhes, acho que ainda estou no céu. Quando pisar em terra de novo talvez eu consiga. Uma noite mágica. Devo postar fotos e vídeo ainda hoje, no mais tardar amanhã. Vou dedicar essa semana só pra contar aos poucos porque foi emoção demais, me senti muito amado por todos que estavam ali, além disso recebi cumprimentos de várias pessoas desconhecidas. Leiam abaixo meu discurso falando do lançamento do livro. Improvisado, eu não havia preparado nada, mas a emoção estava aflorada em mim, só fiz colocar pra fora o que gritava dentro de mim nos últimos dias que antecederam a grande noite.. Tirando o nervosismo, acho que me saí bem. Esse discurso está em vídeo e postarei breve.

‘Quando escrevi meu primeiro poema... eu era bem garoto... esse poema saiu inteiro, sem rascunhos, sem rasuras, sem ressalvas. Fiquei me perguntando se era eu mesmo que havia escrevido aquilo. Como disse, eu era bem garoto e não entendia. Hoje eu entendo... o poema saiu tão rápido e inteiro porque mais que um poema, era um grito. (desculpem, estou emocionado). E mais que um poema, virou um sonho, uma meta. Enquanto o sonho não acontecia (pausa)... o sonho pode demorar , só não pode morrer dentro de você... enquanto o sonho não acontecia, a poesia foi fazendo outro benefícios em mim. Com a poesia, me senti mais gente, mais homem, mais amigo, mais... crente nas coisas boas. Esse poema começa assim: eu queria ser uma estrela... não no sentido de ser o maior, ou melhor... (desculpem, estou tenso aqui)... mas no sentido de que todo mundo tem brilho, e no caso específico, o meu brilho. Hoje eu estou muito feliz e posso dizer com tranquilidade que estou me sentindo entre as estrelas. Muito Obrigado a todos’.

sábado, 9 de julho de 2011

NOTÍCIAS DO LANÇAMENTO - O VOO DO BEIJA-FLOR

Amigos, desculpem-me pela demora de notícias, ainda estou em Ipatinga e sem net. Posso adiantar que o evento de lançamento foi simplesmente maravilhoso, uma noite inesquecível... ah e não chorei, mas tremi todo na hora do discurso. Graças a Deus arranquei muitos aplausos e ganhei muitos abraços, inclusive de estranhos. Em breve colocarei fotos e vídeo aqui. No mais, agradeço a todos vocês pela força. Um abração geral.

domingo, 3 de julho de 2011

A GUERRA DO JILÓ



Montado numa égua o forasteiro chegou àquela cidade, trazendo no alforje, além de bugigangas, um saquinho de sementes. Todos os notaram, ele passou dando "bom dia". Tinha algum dinheiro e comprou um terreno afastado da cidade. Foi conhecendo pessoas aos poucos, frequentando bares, lojas, igreja. Um dia num bar abriu a mão e mostrou a semente. Perguntaram: "Que é isso?". "Jiló, não conhecem? Um legume amargo muito gostoso no meio do arroz, também pode ser cozido, ou frito, dá um delicioso tiragosto com carne picadinha . Só precisa por na água umas horas para tirar um pouco do amargo, ou não, se preferir". Gritaram logo. "Está maluco, senhor? Não queremos jiló em nosso reino. Não conhecemos, mas já ouvimos falar, dizem que amarga até a alma. Acho bom o senhor guardar isso". Não conheciam, só de ouvir falar, o jiló já era condenado. Oh, seres humanos! O homem foi embora, mas acabou plantando no seu terreno e fez um tremendo jilozal ( existe isso? rs rs). Imaginou que com o tempo convenceria as pessoas a no mínimo provar, daí se não gostassem, tudo bem. Corajoso, levou uns dez jilós para a cidade e pediu ao dono do bar, explicando como fazia, que fizesse uma porção para todos, ainda levou um pedaço de carne. Quando comeram.. "argh. isso é horrível. Olha moço, o senhor está afim de confusão. Por quê não vai embora daqui?". Porém, nem tudo é perdido, alguns dois ou três comeram e acharam uma delícia e comeram de se lambuzar. Assim é a vida, existem opiniões pró e contra, mas cabem todas no mesmo lugar. Vencido pela maioria, mas também feliz por ter convencido alguns, retirou-se mais uma vez. Numa grata surpresa, nos dias seguintes, seu sítio começou a ser procurado. Se antes eram só dois ou três, agora eram vinte querendo conhecer o famoso jiló. Dali uma semana, eram cinquenta. Ôpa, já estava incomodando. O prefeito baixou um decreto. "É PROIBIDO O CULTIVO E COMÉRCIO DE JILÓ NOS DOMÍNIOS TERRITORIAIS DA CIDADE". O forasteiro recebeu ordem judicial para queimar a plantação, e insistente acabou pagando multas e foi até preso por desobediência. Mas acontece que para toda estória e história existe um mártir, existindo mártir, existem seguidores. O grupo de pessoas que gostavam de jiló foi crescendo, aos poucos eram centenas... milhares. Evidente que a oposição ao prefeito engrossou fileiras. Pronto... a cidade estava dividida. Metade pró jiló, metade contra. Pessoas se hostilizavam na ruas. "Olhá lá o comedor de jiló". O outro respondia. "Melhor ser comedor de jiló do que ser almofadinha tomador de milk shake". Virou um Cruzeiro x Atlético... Corinthians x Palmeiras.. Bahia x Vitória... Spor tx Náutico... Grêmio x Inter. O conflito foi inevitável. Vendo que o forasteiro cada vez mais plantava jiló, a turma do contra partiu para invadir a fazenda. Foi jiló para todo lado. Dona Benedita (gosto desse nome, xará de meu irmão falecido, e lembra Bendita, coisas de Deus, assim como gosto de Maria), foi a primeira a tomar um na testa. Pegou uns quatro e jogou na nuca do seu Efigênio que por sua vez atolou um na boca de Genivaldo. "Come, cabra da peste". Gelson acertou um na grande barriga de Adamastor que gritou. "Joga um fritinho na minha boca, seu corno". Seu Zé, coitado, com seus doze graus de miopia, defensor incondicional do jiló teve seus óculos acertados por uma jilozada, caíram e foram pisados. Mesmo não vendo nada, com raiva jogou jiló a 'Deus dará', acertou até nos amigos e quando via o erro, pedia desculpas. E foi assim, mulher rolando no chão tentando fazer outra engolir jiló. Até um cadeirante jogava. Um maluco esfregou a cara do outro no chão do chiqueiro. "Come merda, é melhor que jiló". E tome catiripapo e pescotapa. Jiló no olho, na testa, na boca, na nuca, na bunda. Pode falar bunda? Na tv não é chique falar bunda. Mostrar a bunda pode, mas bonito é falar bumbum. Oh, seres humanos! Que hipocrisia! Só sei que até o prefeito levou. Tomou uma jilozada nos bagos, mas essa ele mereceu, era muito ladrão. Deitou em dores. O assessor que até comia um jilozinho escondidinho em casa, deitou-se sobre ele. "Não, não machuquem o prefeito". Eu hein? Tem puxa saco pra tudo. Por fim, não havendo mais jilós, e exaustos, acabou a briga. Num cantinho, vendo tudo, o único que estava ainda limpinho sem marcas de jiló ou de barro, o forasteiro chorava. Não conseguiu acabar com a intolerância na cidade. Pegou suas coisas, montou na égua, e passando sob olhares curiosos de todos, disse. "O que lhe parece amargo, pode ser doce para mim... e vice versa. O fel é tão importante quanto o mel. Mas que acima de tudo estejam a tolerância, o respeito à opinião e o diálogo. Não precisamos fazer guerras em nome da paz, senão ela terá sido uma paz mentirosa. Paz real só quando for paz geral". E partiu para tentar semear em outros lugares... não o jiló... mas o entendimento humano. (Pensamentos de um Menino Passarinho)

sexta-feira, 1 de julho de 2011

CONTAGEM REGRESSIVA


( música THE FINAL COUNTDOWN - EUROPE )

Faltam 6 dias e algumas horas para um momento muito esperado, e como já disse, por mais que eu tenha me preparado, não sei como vou me comportar. Eufórico? Tenso? Feliz? Emocionado? Frágil? Forte? Talvez um pouco de cada, aliás não sei se em algum momento de minha deixei de ser tudo isso ao mesmo tempo. Espero não chorar para não estragar a maquiagem rs rs. É sério, uma irmã disse que vai me produzir para ficar bem bonito. Se eu ficar mais bonito que isso não vai haver lançamento, e sim agarramento. Brincadeira, é só uma ajeitada no cabelo, um perfume bem cheiroso e uma roupinha bem chique. Foi brincando assim que fui aceitando o adiamento, reciclando, moldando esse sonho até chegar aqui e ver que a estrela que me norteou por todos esses anos, que eu via como um pequeno ponto luminoso, agora está bem próxima, tão próxima que já clareia minha face. Vai ter muita gente me olhando, todos vão querer saber como vou estar, porque me conhecem e sabem de minha espera. Incrível como as pessoas me conhecem! Isso não é tão difícil, em termos de emoções sempre fui um livro aberto, com o perdão do trocadilho. Nesse longo tempo perdi gente, perdi coisas, mas nunca perdi a poesia. Com ela fui mais feliz, mais forte, mais gente. A poesia colocou as melhores pessoas na minha vida. Cheguei a dizer a heresia de que no dia 8 de julho (o lançamento será no dia 7) eu poderia até morrer, pois morreria feliz. Nada disso, quero viver muito, ainda tenho muita poesia dentro de mim, foi só para dar ênfase à importância disso tudo. Foi também enfatizando que não me perdi da poesia, eu não me permitia parar de sonhar. Criei uma ladainha dentro de mim, instalei sinos dentro de meu coração para tocarem todos os dias para que eu não me esquecesse do que eu mais queria. Não vou me alongar, se for escrever nesse post, o turbilhão de coisas que estão acontecendo dentro de mim, vai sair outro livro aqui. Por tudo isso vou recordar alguns momentos ( só os bons) dessa caminhada que foi longa, árdua e divertida, desde os tempos de menino... um menino que não tinha condições... mas tinha asas, asas da imaginação, e ousou se chamar... BEIJA-FLOR.

‘Um dia vou escrever um livro’ – eu, aos 15/16 anos dizendo a um amigo sentados no meio fio de minha casa.
“Quando você fala de poesia seus olhos ganham um brilho diferente”- uma amiga
“Esse é o mundo do Carlos. Muito bacana o seu mundo” – um amigo num stand de livros durante um coquetel de premiação.
“Deixem que lhe xinguem, critiquem, que zombam de você, mas nunca deixe que lhe tirem a poesia. É um dom divino. Ela é sua essência”. – uma senhora, produtora literária de mais de 80 anos também durante uma premiação.
“Você também é poeta? Eu devia ter imaginado, você tem mesmo jeitinho de poeta” – a mesma senhora.
‘Olha que quadro lindo! Foi Deus quem pintou’ – eu mesmo, vendo o por do sol durante o trabalho e que me inspirou OS TRILHOS que fiz em cinco minutos.
“Não tenho filho homem. Tenho três moças que amo. Mas se eu tivesse um filho homem queria que fosse igual a você” – professora Zelina
‘Dizem que voo muito, que pareço um balão, que é preciso ter sempre alguém puxando a cordinha, senão vou longe’- eu mesmo.
“Se eu pudesse lhe ajudaria. Você é um rapaz muito inteligente, mas mais que isso é poeta dos bons. Merecia mais sorte” – professor Jarbas.
“Puxa, Carlos!. Você conseguiu, estou emocionada ( segundos de silêncio). Lembro que era seu sonho, você sempre dizia” – uma amiga pelo fone que localizei e liguei para falar do lançamento.
“Lembra da estátua de gesso do menino jornaleiro? Tenho até hoje. Lembro que você disse. ‘Faz de conta que sou eu distribuindo poesias’. Nunca me esqueci disso”. – a mesma amiga.

Agradeço a todos por estarem torcendo por mim.